Publicado em: 21 de setembro de 2012 16h09min / Atualizado em: 24 de abril de 2017 13h04min
O curso de Nutrição da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza está auxiliando na avaliação nutricional do público atendido pelo Programa Bolsa Família, do governo federal, e Programa Leite das Crianças, do governo estadual, ambos realizados em parceria com a Prefeitura de Realeza. A atividade faz parte do projeto de extensão “Atuação interdisciplinar na atenção primária à saúde”, o qual integra o Programa de Segurança Alimentar e Nutricional – Nutrisan.
Nesta sexta-feira (21), as acadêmicas estiveram na Comunidade Rural de Alto Boa Vista, local em que são atendidas mensalmente cerca de 50 famílias. Crianças, jovens e adultos são medidos e pesados. Esses dados irão guiar a elaboração de ações educativas que, posteriormente, serão trabalhadas na comunidade.
Este é o primeiro mês que a UFFS auxilia a Prefeitura de Realeza no monitoramento nutricional dessa população, conforme explica a coordenadora do Programa, professora Amélia Dreyer Machado. “O objetivo é dar retorno às famílias atendidas em relação ao seu estado nutricional. A faixa etária beneficiada pelos programas federal e estadual é extensa, tem desde crianças a adultos, então a ideia é trabalhar de maneira educativa com as famílias e, futuramente, fazer intervenções frequentes”, detalha.
O enfermeiro da Secretaria Municipal de Saúde, João Carlos dos Santos, destaca que a parceria com a UFFS acaba ampliando os atendimentos às famílias. “Para o Programa Leite das Crianças, fazemos o acompanhamento semanal, enquanto que o Bolsa Família fazíamos o levantamento semestral, mas com a participação da universidade esse serviço passará a ser mensal”.
Segundo Amélia, conhecer a realidade da saúde pública, manter contato com a população e orientá-la sobre os cuidados com a saúde são fatores importantes para a formação dos acadêmicos. “O trabalho prático faz com que os estudantes aprendam a lidar com diversas situações. Isso contribui em novos questionamentos e respostas, pois sempre fazemos reuniões em que discutimos a melhor forma de orientar a comunidade”, salienta.
Sobre essa experiência, a acadêmica Kamila Kuhnen fala que é uma oportunidade gratificante e quando surgem dificuldades a melhor maneira para lidar com a situação é ter paciência. “As crianças menores geralmente choram quando fazemos a avaliação, mas a gente tem que ter muita calma e lidar com carinho. A gente procura aproveitar o máximo essa prática, pois conviver com a realidade das pessoas é muito importante para nós”.
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