Aproveitando a realização da 17ª Feira do Melado, em Capanema (PR), o coordenador administrativo da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza, Jaci Poli, convidou os moradores para participarem do estudo histórico sobre o Caminho do Colono. O objetivo é promover o debate, a coleta, a catalogação e a escrita histórica sobre o assunto, envolvendo a população dos municípios lindeiros ao Parque Nacional do Iguaçu mais diretamente ligados ao caminho e à polêmica sobre o seu fechamento por determinação da Justiça, em função da legislação ambiental.

Intitulado “Caminho do Colono: o passado, a memória, o esquecimento”, o projeto tem como meta a produção de dois livros e um vídeo-documentário a partir das pesquisas nos arquivos públicos e em documentos preservados pela população envolvidos no processo de abertura e fechamento da estrada. “Pedimos para aqueles que viveram esse episódio da história que contribuam cedendo fotografias, documentos, até mesmo máquinas agrícolas utilizadas naquela época, pois iremos registrar o significado do Caminha do Colono para as pessoas do Sudoeste e Oeste do Paraná”, explica Poli.

O primeiro livro será destinado à comunidade local e regional, dando subsídio às atividades da rede municipal e particular de ensino. O segundo livro pretende dar visibilidade às pesquisas acadêmicas realizadas por historiadores, geógrafos, sociólogos, ambientalistas, entre outros pesquisadores. Já o vídeo-documentário, buscará reunir a memória dos antigos moradores, depoimentos, imagens, mapas, documentos e vídeos de diferentes momentos históricos do Caminho do Colono.

Para coletar esse material, a UFFS está fazendo parcerias com as Secretarias de Educação dos municípios lindeiros ao Parque Nacional do Iguaçu. “Já temos a colaboração dos municípios de Capanema, Medianeira e Serranópolis do Iguaçu e ainda estamos em contato com outras cidades”, explica Poli.