UFFS promove curso de formação a professores que atuam no Projeto Escola Intercultural Bilíngue de Fronteira
Cerca de 40 professores de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina, e de Bernardo de Irigoyen, cidade localizada na província de Misiones, na Argentina, participam da formação on-line.

Publicado em: 18 de maio de 2020 13h05min / Atualizado em: 18 de maio de 2020 15h05min

Com objetivo de contribuir na formação de professores que atuam no Projeto Escola Intercultural Bilíngue de Fronteira, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) iniciou um projeto de extensão que busca discutir o currículo base do território catarinense e suas contemporaneidades. O projeto atende professores das cidades de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina, e de Bernardo de Irigoyen, localizada na província de Misiones, na Argentina.

As oficinas de formação iniciaram nesta segunda-feira (18) no formato de ensino a distância, já que a pandemia pelo novo coronavírus impossibilitou os encontros presenciais previstos na proposta inicial do projeto. Cerca de 40 professores das Escolas Estaduais Governador Irineu Bornhausen e Theodureto de Faria Souto, do lado catarinense, e da Escuela Frontera N° 604, do lado argentino, participam da formação on-line.

No primeiro encontro do módulo “BNCC, Currículo Base do Território Catarinense e temas contemporâneos” foram discutidas as premissas para elaborar e implantar um currículo escolar intercultural nas regiões de fronteira. A atividade teve a participação do doutorando em educação da Universidade de Brasília, Paulo Alves da Silva.

Neste primeiro momento, as aulas serão a distância, em virtude da pandemia de Covid-19 (UFFS/Divulgação)

Além de convidados, professores da UFFS do Campus Realeza e do Campus Chapecó, também ministram as atividades que têm como foco discutir outros aspectos da Base Nacional Comum Curricular e do Currículo Base do Território Catarinense, desenvolver práticas pedagógicas interculturais, além de aprofundar o intercâmbio linguístico e sociocultural, identificando limites e desafios.

Segundo o professor do Campus Chapecó e um dos coordenadores do projeto Elsio José Corá, a formação pretende “estimular diálogos teóricos e práticos de aspectos concernentes às línguas portuguesa e castelhana e às questões relacionadas a uma vivência intercultural, fator inerente às regiões de fronteira”. As oficinas trabalhadas são de acordo com a pedagogia dos projetos, metodologia que tem como pressuposto a construção do conhecimento feito por alunos e professores.

Esta não é a primeira vez que a UFFS atua na formação de professores inseridos no Projeto Escola Intercultural Bilíngue de Fronteira, conforme destaca a professora do Campus Realeza Ana Carolina Teixeira Pinto, que também integra a coordenação do projeto. “Por meio de projetos de extensão como esse, a UFFS vem contribuindo com a formação dos professores da fronteira desde 2013, quando firmamos a primeira parceria. Nosso objetivo é trocar experiências e conhecimentos, assim como agregar no desenvolvimento da prática docente na região de fronteira”, destacou.

A formação terá carga horária de 80 horas, sendo que, neste primeiro momento, as aulas serão a distância, em virtude da pandemia de Covid-19. A previsão de encerramento é para o mês de novembro. As atividades presenciais, como eventos bilaterais (Brasil/Argentina) e seminários, poderão ser realizadas desde que o cenário em relação à pandemia se altere positivamente. Também são parceiros no desenvolvimento do projeto a Secretaria Estadual de Educação de Santa Catarina e a Distrital de Educação de Bernardo de Irigoyen.