Publicado em: 19 de abril de 2017 14h04min / Atualizado em: 19 de abril de 2017 14h04min
A cultura indígena foi tema de debate na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza, na noite de terça-feira (18). O evento buscou romper estereótipos sobre a celebração do Dia do Índio (19 de abril), evidenciando os conflitos no universo indígena, como a questão agrária e política, além da apresentação da cultura indígena em livros didáticos, atividades escolares, entre outros. O debate contou com a presença da comunidade acadêmica e de alunos de escolas públicas.
O evento foi organizado por professores e acadêmicos do curso de Letras, dentro do componente curricular Teorias da Aprendizagem e do Desenvolvimento Humano. Entre os objetivos, estava a promoção das relações de alteridade, ou seja, uma relação baseada no diálogo e na valorização das diferenças de cada indivíduo.
"É preciso entender que o indígena está inserido dentro de um processo histórico, composto por uma série de debates, problemas e violências. O resultado desses conflitos produziram a sociedade que temos hoje. Devemos entender também que a cultura indígena não é homogênea, pois em nosso país temos centenas de comunidades, e cada espaço desses é composto por características culturais, valores, princípios e rituais diferentes", salientou a professora Fabiana Marreto Secariolo.
O debate contou ainda com a exibição de recortes de obras fílmicas sobre o tema, apresentação cultural com o Grupo Intervalo Musical e um café indígena, que demonstrou como a culinária indígena está presente na culinária brasileira.
Para a abertura do debate, foram convidados os professores Ronaldo Aurélio Gimenes Garcia, Leomar Rippel e Fabiana Marreto Secariolo. Em um segundo momento, houve uma conversa sobre a cultura alimentar indígena com os professores Jackson Luis Martins Cacciamani e Amélia Dreyer Machado.
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