Apresentação

Endereço do Diretório dos Grupos de Pesquisas no Brasil do CNPq

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O Fronteiras: Grupo de Pesquisa em História Ambiental da UFFS foi criado com o objetivo de continuarmos empreendendo estudos em temáticas ligadas às teses de doutoramento e projetos de pesquisa dentro das áreas que envolvam temas dentro da história ambiental. A perspectiva do grupo é aquela de trabalharmos em uma equipe de pesquisadores criando, portanto, a possibilidade de utilizarmos conhecimentos e técnicas de produção do conhecimento diversas, no entanto, complementares na interpretação atual dos projetos em desenvolvimento e nos que serão elaborados que nos dispomos a estudar.

Por muito tempo a História foi vista como uma disciplina que enfocava as correlações sociais, políticas e econômicas, sobrepujando outras categorias de análise. No entanto, esta premissa foi superada e outras relações passaram a ser vistas como fundamentais para a compreensão da própria disciplina da História, dando abertura para análise das relações dos seres humanos com meio ambiente.

Compreende, portanto, como objeto da história ambiental, as interações que as sociedades do passado tiveram com o mundo não-humano, ou seja, aquele que não foi criado pelo homem, e também com o mundo humano, repleto de objetos tanto naturais quanto artificiais, dispostos em diferentes combinações em espaços e tempos distintos. Ou seja, parte-se de uma concepção de que se faz necessário também incorporar a natureza nos estudos históricos, rejeitando “a premissa convencional de que a experiência humana se desenvolveu sem restrições naturais, de que os humanos são uma espécie distinta e ‘super-natural’ [e] de que as conseqüências ecológicas dos seus feitos passados podem ser ignoradas”1.Cabe ressaltar que esta, é também uma das disciplinas da linhas de pesquisa História do povoamento, da agricultura e do meio ambiente, do Programa de Pós-Graduação em História.

O Fronteiras: Grupo de Pesquisa em História Ambiental da UFFS tem, dessa maneira, a proposta na produção de conhecimento dessas áreas, produzindo material bibliográfico, tanto no que se refere às temáticas a serem estudadas, quanto aos lugares (municípios, cidades, regiões) que carecem de estudos e interpretações. Somente um conhecimento articulado, crítico, didático e propositivo dos lugares, pode ensejar aquelas transformações que a sociedade brasileira tanto almeja, transformações estas que possam assegurar melhores condições de reprodução da vida material e de existência ao conjunto da população brasileira.

Ressalta-se que os membros do grupo de pesquisa acumulam experiências em projetos de pesquisa, ensino e extensão. Nos últimos anos os pesquisadores, todos pertencentes ao Programa de Pós-Graduação em História da UFFS tem se esforçado no intuito de produzir projetos de pesquisa e publicações relacionadas a área. É importante mencionar também o esforço de internacionalização promovido pelos membros do grupo, com participação em estágios de pós-doutorado no exterior, bem como na organização de eventos internacionais, como os Simpósios de História Ambiental e Migrações, promovidos pelo Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental, (LABIMHA), da UFSC, onde são parte da comissão organizadora, desde a primeira edição em 2010, estando o evento já em sua quinta edição, contando com pesquisadores de diversos países, e o I Encontro do Grupo Fronteiras, com o debate da sojicultura na no Conesul, realizado em novembro de 2018, organizado em conjunto com o Programa de Pós-Graduação em História, contando com o apoio de instituições como a UPF, Unicentro e a Universidad Nacional de Quilmes, na Argentina. Encontro cuja realização foi fundamental para a construção e consolidação do grupo de pesquisadores envolvido nessa proposta.

1 WORSTER, Donald. Para fazer história ambiental. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 4. n. 8, 1991,, p. 198.