Publicado em: 15 de julho de 2024 10h07min / Atualizado em: 17 de julho de 2024 08h07min
Na noite da última sexta-feira, dia 12 de julho, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) realizou, no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó, uma sessão solene em homenagem aos 15 anos da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Estiveram presentes na solenidade autoridades federais, estaduais e municipais, estudantes, técnicos e professores da Universidade, assim como representantes de entidades e movimentos sociais de toda a região oeste de Santa Catarina.
As estudantes Marizete Jakaj Garcia, indígena, do curso de História, e Christele Fanfan, imigrante haitiana, do curso de pedagogia, ambas do Campus Chapecó, fizeram parte da mesa oficial do evento. Elas representaram não apenas a razão de existir da UFFS, mas também as oportunidades de acesso ofertadas a todos os públicos. Em suas falas, ambas destacaram a importância dessas oportunidades e como elas são transformadoras.
O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) do Campus Chapecó, Luã Gabriel Martini dos Reis, em seu discurso, destacou que “hoje nós temos a maior quantidade de alunos oriundos de escola pública nas universidades federais”, conquista essa que precisa ser exaltada. No entanto, considera que é necessária a consolidação da Universidade, para torná-la mais forte, o que só será possível com a união de esforços de todos os envolvidos.
Durante a sessão solene, foram entregues 31 homenagens a pessoas e entidades que contribuíram para a criação da Universidade. O primeiro reitor pró-tempore da Universidade, Dilvo Ristoff, falou em nome de todos os homenageados e lembrou de diversas datas que foram significativas na história da UFFS, anteriores a 15 de setembro de 2009, dia da publicação da lei de criação da Universidade. “Gostaria de agradecer à Alesc pela lembrança, ela é muito importante. É a lembrança das pessoas que prepararam o solo fértil que garantiu que as sementes da nova universidade pudessem, de fato, germinar”, pontuou.
“Eu estendo essa homenagem também aos estudantes, técnicos e professores que hoje lutam bravamente para tornar a UFFS a universidade pública, popular, inclusiva e de qualidade com a qual sempre sonhamos. Que a UFFS seja para nós o que a poesia foi para o poeta catarinense Cruz e Souza. Ele se referia à poesia dizendo ‘Oh meu orgulho, oh meu tormento, oh meu vinho’. Eu devo dizer que sempre me orgulhei da UFFS, sofri por ela, mas, também, fui viciado nela. Então, que nós possamos dizer o mesmo em relação à UFFS”, destacou Ristoff.
O reitor da UFFS, João Alfredo Braida, que atua na universidade desde sua criação, relembrou momentos marcantes dos últimos 15 anos. Ele destacou que toda a infraestrutura criada não faz uma universidade, “pois uma universidade se faz, sobretudo, com pessoas”. Braida agradeceu a todos os servidores técnicos e docentes, estudantes e movimentos sociais, que foram responsáveis pela construção e desenvolvimento da Instituição.
“Quero reafirmar nosso compromisso com a consolidação, o fortalecimento e a ampliação da nossa universidade. Uma universidade que colabore para a desconstrução dos padrões, conceitos e perspectivas impostos pelo colonialismo. Uma universidade que estabeleça relações éticas ao interagir criticamente com a comunidade regional, percebendo e estudando seus problemas reais, sem impor construções epistêmicas hegemônicas, de fora dessa região. Que saibamos olhar para os problemas que aqui enfrentamos e saibamos construir soluções junto com a população local. Uma universidade orientada por paradigma que produza pesquisa não alienada, ou seja, consciente e comprometida com as demandas do conhecimento e tecnologias da classe trabalhadora. Uma universidade cujo ensino seja desalienante, que contribua para a autonomia, para a consciência social, para a promoção dos direitos humanos. Uma universidade orientada por uma concepção de desenvolvimento como expansão das liberdades substantivas, ou seja, que combata as principais fontes de privação da liberdade das pessoas, tais como a fome, a pobreza, a tirania, a carência de oportunidades econômicas, a ausência e negligência dos serviços públicos, a intolerância, o desrespeito aos direitos humanos e a discriminação de qualquer tipo. Enfim, uma universidade que colabore efetivamente para a construção de um mundo melhor para todos e todas, no qual a justiça, o conhecimento e as tecnologias, a arte e a cultura, e o próprio planeta terra, estejam disponíveis e acessíveis a todos e todas. Essa é a universidade que queremos, essa é a UFFS que sonhamos”, finalizou Braida.
A sessão solene foi transmitida ao vivo pela TVAlesc e o vídeo está disponível no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=HUVrhgZbh20
A lista completa de homenageados está disponível site da Alesc: https://tinyurl.com/28vdtwv9
Números da UFFS nestes 15 anos
- Mais de 700 servidores técnico-administrativos
- Mais de 750 servidores docentes
- Cerca de 270 trabalhadores terceirizados
- 2.332 vagas em 53 cursos de graduação
- 330 vagas em 19 programas de pós-graduação (19 mestrados e 4 doutorados)
- 157 vagas em 36 programas de residências médicas e multiprofissionais
- Cerca de 100 vagas em cursos de especialização
- 7.433 diplomas de graduação
- 1.236 títulos de mestre
- 852 certificados de especialista
- 949 certificados de residência médica e 18 de residência multiprofissional
- Mais de 1.300 projetos de pesquisa desenvolvidos
- Mais de 1.200 projetos de extensão e cultura
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