Publicado em: 18 de agosto de 2010 08h08min / Atualizado em: 17 de março de 2017 14h03min
Alunos da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) contemplados com as bolsas Permanência e Iniciação Acadêmica tiveram reuniões, nos cinco campi, com o setor e a direção de Assuntos Estudantis para as assinaturas dos termos de compromisso.
O encontro também serviu para repassar os compromissos dos bolsistas e para a definição dos projetos nos quais os alunos da Iniciação Acadêmica iriam se inserir.
Serão pagos R$ 255 para os alunos da Bolsa Permanência e R$ 450 para os da Bolsa de Iniciação Acadêmica. Os valores serão depositados sempre no quinto dia útil de cada mês, a partir de setembro, e até janeiro.
A diretora de Assuntos Estudantis, Geruza D’Ávila, lembrou a responsabilidade que os alunos assumem com o recebimento da bolsa. “Os próximos programas de bolsa dependerão do sucesso do atual. Se todos fizerem seu papel estaremos garantindo os próximos programas”, ressaltou.
O recebimento das bolsas depende da frequência em sala, do rendimento acadêmico e do aluno estar cursando a carga horária mínima do período letivo. O pagamento do benefício poderá ser suspenso a qualquer momento se constatada a inveracidade ou omissão de informações disponibilizadas pelos acadêmicos, que ficam, neste caso, sujeitos a processos disciplinares.
A assistente social Rosiléia Nierotka também destacou que o controle social por denúncias é bastante importante. “As denúncias podem ser feitas e os casos serão averiguados”.
As bolsas visam contribuir para que os alunos em vulnerabilidade sócio-econômica permaneçam na universidade. Para a estudante de Licenciatura em Letras de Chapecó, Cheila Inês Balbinot, 23 anos, a ajuda da Bolsa Permanência vem em boa hora.
Ela, que inicia as aulas no segundo semestre, trabalha de madrugada como auxiliar administrativo e recebe um salário base e precisa arcar com custos de transporte, alimentação e moradia. “A bolsa é um grande incentivo para o aluno continuar na universidade e realizar o sonho de ter uma formação, ainda mais em uma universidade federal”, avalia.
O professor Élsio José Corá, que coordena o projeto “Memória, História e Esquecimento”, que terá dois alunos bolsistas, espera que a Bolsa de Iniciação Acadêmica desperte nos alunos o gosto pela pesquisa. “Os acadêmicos poderão vislumbrar, dentro de sua área, múltiplos caminhos”, afirma.
Um dos bolsistas que será orientado por Corá é Allan Vieira, 29 anos. Estudante de História, mas que está pedindo transferência para Filosofia, Vieira é músico e tem uma renda variável por ser autônomo. Além do benefício financeiro, o estudante destaca o benefício intelectual. “Primeiramente, (a bolsa) é importante para ingressar de cabeça no mundo acadêmico”. Para ele, a atividade dos alunos não pode se resumir a estar na sala de aula e sair com o canudo na mão. “Isso (o programa de Iniciação Acadêmica) estimula o que de melhor existe na universidade”.
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