Comissões de elaboração do Projeto Pedagógico do curso de Medicina são apresentadas

Publicado em: 28 de agosto de 2012 08h08min / Atualizado em: 24 de março de 2017 08h03min

A reitoria da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) apresentou, ontem (28), as comissões que atuarão no processo de elaboração do projeto pedagógico dos cursos de Medicina a serem implantados na UFFS em Chapecó (SC) e em Passo Fundo (RS).

As comissões são constituídas de especialistas nas áreas de pedagogia e saúde e são compostas por membros da UFFS e da comunidade externa. A comissão responsável pela elaboração do plano pedagógico para o curso em Chapecó é presidida pela docente do curso de pedagogia da Instituição, Solange Maria Alves. Já a comissão que trabalhará no projeto para Passo Fundo é presidida pela coordenadora do curso de enfermagem da UFFS, professora Alessandra Regina Muller Germani.

De acordo com o Vice-Reitor, Antonio Andrioli, a Universidade recebeu comunicação do Ministério da Educação (MEC) solicitando urgência para envio dos projetos. “O MEC nos deu trinta dias para entregar os projetos pedagógicos dos cursos. Agora as comissões trabalharão assiduamente na constituição dessa etapa, pois antes de enviarmos ao Ministério, a nossa Pró-reitoria de Graduação fará a análise formal do projeto, que, posteriormente, será apresentado a toda a comunidade, em um seminário em data a ser definida. Queremos legitimar, através desta apresentação, a participação da comunidade, pois o curso precisa atender o interesse coletivo”, afirmou.

Ainda segundo Andriolli, as comissões trabalharão de forma integrada. “Cada uma terá seu próprio cronograma de atividades e reuniões, no entanto, será apenas um curso de medicina, ofertado em dois locais diferentes, então precisa haver certa unidade. Além de observar os critérios instituídos pelo MEC, também devem ser consideradas as diretrizes curriculares da UFFS”, frisou.

Curso de Medicina voltado à atenção básica

Conforme a professora Alessandra, o curso de medicina terá um perfil diferente. “Vamos pensar um projeto pedagógico voltado para a rede de atenção básica a saúde, pois esse será um curso que formará profissionais que atuarão nessa área, junto ao Sistema Único de Saúde. Serão futuros profissionais médicos que atuarão na promoção da saúde pública, no combate às doenças, mas sem perder de vista a recuperação da saúde”, ressaltou.

O processo de concepção do projeto pedagógico de um curso não é simples. De acordo com o Instrumento de Autorização para Implantação de Cursos de Medicina publicado pelo Inep, muitos são os indicadores que precisam constar no projeto. “Precisamos, entre tantos outros critérios, analisar e expor no projeto a estrutura física disponível para implantação dos cursos, o que nos fornecerá a integração com o sistema local e regional de Saúde e SUS, formalizar uma justificativa contundente, observar os roteiros de planos pedagógicos da UFFS e do E-Mec, que é o sistema do Ministério, e também articular, dentro do projeto, ensino, pesquisa e extensão, que devem ser os pilares do curso”, salientou a presidente da comissão de Chapecó, professora Solange.

Alessandra ainda destaca que já existem algumas parcerias firmadas com hospitais e secretarias de saúde para a implantação dos cursos de medicina. “Em Passo Fundo esta situação já está se desenhando, com alguns convênios já assinados. Para Chapecó, iremos buscar a ampliação de convênios já firmados para realização dos estágios do curso de enfermagem e também serão buscadas parcerias com instituições de saúde e prefeituras do grande Oeste Catarinense”, disse.

Forma de ingresso também precisa ser definida

Outro ponto destacado pelo Vice-Reitor é a forma de ingressos dos alunos. “A intenção do MEC é que no segundo semestre de 2013 já iniciem as aulas no curso de medicina e, para isso, precisamos também pensar como se dará o ingresso dos futuros candidatos. Ainda não temos uma sinalização quanto ao sistema de cotas recentemente divulgado, mas o que sabemos de concreto é que o curso de medicina, assim como nossas outras graduações, será voltado para os alunos oriundos do ensino público”, destacou Andriolli.