Docente da UFFS assume Coordenação Geral de Ensino Fundamental no MEC

Publicado em: 01 de junho de 2015 09h06min / Atualizado em: 10 de janeiro de 2017 15h01min

O docente da UFFS Élsio José Corá recebeu convite para assumir a Coordenação Geral de Ensino Fundamental da Diretoria de Currículos e Educação Integral da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação. A nomeação para o cargo está publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira, 1º de junho.

Desde 2010, Élsio Corá desempenhava a função de diretor de Políticas de Graduação na UFFS. É graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), mestre em Filosofia pela UFSM (2004) e doutor pela PUCRS (2010), com estágio de doutorado na Università degli Studi di Napoli Federico II.

Conforme Corá, o convite para assumir o cargo constitui um desafio, “que se inicia na esfera profissional e se estende à pessoal. Tenho certeza que este convite é resultado do trabalho desenvolvido na UFFS, nestes quase cinco anos à frente da Diretoria de Políticas de Graduação (DPGRAD), e em grande parte resultado do trabalho construído em parcerias com muitos colegas e, em especial, com a equipe da DPGRAD. Trabalho que se mostrou importante para aglutinar experiências e aprendizado acerca de programas e projetos no ensino de graduação”.

Na opinião de Corá, desde sua criação a UFFS destaca-se em muitos pontos na esfera nacional. “Alguns deles pude acompanhar, especialmente, na elaboração da política de ingresso nos cursos de graduação, no debate sobre diversas questões que envolvem as escolas públicas, entre eles os desafios da educação integral, formação de professores em região de fronteira e no fomento da acessibilidade e maior inclusão da comunidade indígena no ensino superior. Imagino que foi nos temas da educação integral e no debate com as escolas de fronteiras que meu nome começou a circular na esfera do MEC”, reflete.

Sobre a Educação

Élsio José Corá entende que o MEC vem cumprindo seu papel de coordenador da Política Nacional de Educação, criando, no âmbito do Plano de Desenvolvimento da Educação, estratégias de ação com o objetivo de induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular, na perspectiva da educação integral na Educação Básica. Essas estratégias visam promover a ampliação de tempos, espaços, oportunidades educativas e o compartilhamento da tarefa de educar entre os profissionais da educação e de outras áreas, as famílias e diferentes atores sociais, sob a coordenação da escola e dos professores.

Entende, também, que a educação integral, associada ao processo de escolarização, pressupõe a aprendizagem conectada à vida e ao universo de interesses e de possibilidades das crianças, adolescentes e jovens. É nesta perspectiva que encara a possibilidade de atuar junto ao MEC, principalmente, no momento em que se discute a base nacional comum.

Neste sentido, Corá vislumbra que alguns desafios se mostram mais complexos, no atual momento da educação brasileira, principalmente no ensino fundamental, entre eles: institucionalizar e efetivar as práticas pedagógicas, curriculares e de gestão sobre a educação integral na rede pública de educação; a elaboração de metodologias e estratégias de ações voltadas para educação integral e integrada, educação ambiental, direitos humanos, saúde, bem como de projetos educacionais voltados para a comunidade escolar, e ainda o mapeamento das principais dificuldades dos estados/municípios, com vistas a identificar aspectos relevantes para a elaboração do projeto político pedagógico.

Outro aspecto que considera importante será analisar a passagem e continuidade do trabalho realizado na educação infantil para o ensino fundamental, bem como a identificação e avaliação de redes públicas de ensino que sejam capazes de elaborar políticas de redução da evasão e repetência nos anos finais do ensino fundamental. É neste horizonte que se delineia o futuro da estada no MEC.