Editora UFFS lança sexto volume da coleção Literatura Brasileira
Obra “Casa de pensão”, de Aluísio Azevedo, está disponível para download gratuito na página da editora

Publicado em: 03 de novembro de 2023 10h11min / Atualizado em: 03 de novembro de 2023 16h11min

A Editora UFFS lançou, nesta semana, o sexto volume da coleção Literatura Brasileira: identidades em movimento. É o livro “Casa de pensão”, de Aluísio Azevedo, organizado por Daiane Cristina Pereira e Giuliano Lellis Ito Santos, docentes e estudiosos de literatura. A obra está disponível para download gratuito na página da Editora no site da UFFS: www.uffs.edu.br/editora.

“A casa de pensão do título é mais do que uma simples hospedaria, mas símbolo da 'casa brasileira', ou seja, de uma sociedade em que, na falta de dinheiro e na falta de perspectiva, é preciso agradar o cliente a todo custo, mesmo que para isso seja necessário enganá-lo, seduzi-lo ou vender a honra da própria família”, dizem os organizadores.

“Além de atender aos temas caros à escola naturalista, como a submissão do indivíduo aos instintos sexuais, às questões hereditárias, à violência e à ambição, assim como a influência do meio através de uma educação brutal e ambígua, o autor também faz uma leitura detalhada do funcionamento das relações sociais na sociedade brasileira da época”, comentam.

Conforme os organizadores, Azevedo “aborda o descompasso de uma sociedade em mudanças, principalmente urbanas, em que a questão da moradia, problema de fundo do romance, esconde a realidade das relações de poder que se baseiam em uma lógica paternalista e patriarcalista, cuja única possibilidade de ascensão é agradar aos poderosos. Retrata, de um modo geral, o Brasil do fim do século XIX”.

Coleção

A coleção Literatura Brasileira é organizada pelos pesquisadores Evanir Pavloski (UEPG), Silvana Oliveira (UEPG) e Valdir Prigol (UFFS). Os outros volumes já publicados são: “Macunaíma”, de Mario de Andrade; “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis; “Presidente Negro”, de Monteiro Lobato; “Ânsia Eterna”, de Júlia Lopes de Almeida; e “Eu”, de Augusto dos Anjos.