Publicado em: 22 de junho de 2023 16h06min / Atualizado em: 26 de junho de 2023 09h06min
Empolgação é uma palavra que parece apenas começar a descrever os sentimentos de Matheus Vieira Santos, estudante da 6ª fase do curso de Ciência da Computação do Campus Chapecó aprovado no seletivo de mobilidade internacional da UFFS. Os estudos na Universidad de Valladolid (UVa), na Espanha, vão iniciar somente em setembro, mas ele já está com todos os preparativos encaminhados e ansioso para que chegue a data do embarque.
Matheus conta que fazer a mobilidade não era algo que estava em seus planos, mas sempre teve o desejo de estudar outro idioma, em outro país, conhecendo outras culturas. Quando recebeu o e-mail que divulgava a abertura das inscrições para mobilidade internacional, buscou o edital e percebeu que preenchia todos os requisitos exigidos para a inscrição. Então, empolgou-se e decidiu se inscrever.
Por estar na 6ª fase, Matheus afirma que já estudou e viveu muitas coisas no curso e na Universidade, por isso, viu na mobilidade a oportunidade de “dar um refresh” e poder vivenciar experiências únicas. Antes mesmo de ter a inscrição aprovada, ele conta que começou os preparativos, pois tinha confiança de que iria conseguir a aprovação. As passagens já estão compradas, assim como o seguro, e as acomodações foram reservadas.
A única pendência que ainda existe é o visto, que Matheus encaminhou com o apoio da Divisão de Relações Internacionais (DRI). Ele foi na última semana a Porto Alegre para fazer os procedimentos necessários e agora aguarda a decisão do consulado. O estudante diz que planejou tudo o que precisaria gastar neste momento anterior à viagem e fez planilhas para otimizar o valor da bolsa que receberá e mensurar quanto terá que gastar de seu próprio dinheiro no período em que estará na Espanha.
Nos seis meses em que estudará na Escuela de Ingeniería Informática da UVa, Matheus irá cursar quatro disciplinas: Desenho e Avaliação de Sistemas Interativos (voltada à área de design, da experiência do usuário), Informática Forense (“com cunho mais CSI” e na segurança da informação), Sistemas Móveis (desenvolvimento de aplicativos e sistemas para dispositivos móveis) e Programação e Aplicações Gráficas. Esta última disciplina é equivalente à Computação Gráfica, que ele faria na próxima fase do curso na UFFS.
Matheus diz que as disciplinas que irá cursar na Espanha correspondem às optativas de Ciência da Computação. Segundo ele, o coordenador do curso lhe orientou a fazer na mobilidade internacional as matérias que não estão na grade do curso na UFFS. “Essas disciplinas não são oferecidas aqui, mas eu consigo validá-las porque o nosso curso tem as matérias de tópicos especiais, eles podem ser o estudo de qualquer coisa dentro da área da tecnologia. Então, foi nessa perspectiva que escolhi fazer essas disciplinas, para aprender coisas diferentes e enriquecer os meus estudos na graduação”, pontua.
Além das quatro disciplinas, Matheus também participará como voluntário de um projeto de pesquisa do Grupo de Telemedicina y eSalud, coordenado pela professora Isabel de la Torre Díez. “Acho que isso vai proporcionar um networking muito legal, abrir oportunidades na minha carreira acadêmica para o futuro”, diz o estudante, que pensa em talvez fazer seu trabalho de conclusão de curso em área afim a esse projeto, com coorientação internacional.
Expectativa
“Eu estou bem ansioso por esse período de mobilidade. Eu espero conhecer pessoas novas, fazer amizades. Quero praticar muito o meu espanhol e a Ciência da Computação, unir as duas coisas que eu tenho estudado”, afirma Matheus. Ele diz que a área do seu curso é bastante atrelada ao idioma inglês e acredita que a oportunidade de estudar os tópicos de tecnologia em espanhol será desafiadora, principalmente por fugir do que está acostumado a ver.
Um amigo de Matheus voltou recentemente da Espanha e descreveu a experiência como “muito incrível”, o que aumentou ainda mais a sua expectativa para a viagem. Ele tem buscado conteúdos sobre mobilidade internacional e viu relatos de que o período em que uma pessoa vive fora de seu país de origem, convivendo com um idioma e cultura completamente diferentes, equivale ao amadurecimento de quatro vezes o tempo dessa experiência. “Eu acho que é muito nesse sentido, lhe dá um desenvolvimento pessoal muito grande fazer uma mobilidade acadêmica. Você aprende muito, principalmente eu, que estou aqui com meus 23 anos, ainda sou bem novo, ainda moro com os meus pais. A vivência que isso traz enriquece muito”, destaca.
O estudante considera que a mobilidade, além de proporcionar a imersão cultural e no idioma, traz um networking global, tanto com os alunos quanto com os professores. “Acho que isso amplia muito os horizontes acadêmicos. Eu tenho planos de depois que terminar a minha graduação talvez voltar para a UVa e fazer um mestrado e no futuro atuar dentro da UFFS como professor e conseguir manter esses laços entre as duas universidades”, afirma.
Proficiência
Para que possa participar da mobilidade internacional é imprescindível que o estudante tenha proficiência no idioma exigido pela universidade de destino. Matheus diz que na Espanha é exigida proficiência mínima de nível B1. Ele conta que fez o exame de proficiência DELE, do Instituto Cervantes, em novembro de 2022, em Passo Fundo (RS), pois não há aplicação do exame em Chapecó, onde mora. Seu nível de proficiência é B2.
Quando o assunto é o idioma espanhol, a palavra paixão aparece muitas vezes nas falas de Matheus. O primeiro contato foi em 2017, no ensino médio, no Instituto Federal Catarinense (IFSC) – Campus Chapecó, onde estudava. Segundo ele, por um ano e meio teve aulas com a professora Michele Schneiders, egressa do curso de Letras – Português e Espanhol da UFFS, e se encantou. Para ele, o estudo do idioma sempre foi um prazer, mas, devido a diversas situações, só pode retomar os estudos em 2020, quando iniciou um curso particular, concluído em 2022.
Ajuda de custo
Matheus se inscreveu no Edital nº 208/GR/UFFS/2023, que abriu inscrições no mês de março de 2023. Ele receberá como ajuda de custo um valor fixo de R$ 2.500,00 ao mês, por 6 meses, por ser estudante da graduação. No caso da pós-graduação o valor previsto no edital era de R$ 5.000,00 ao mês e o prazo máximo de três meses. Os valores a serem ofertados aos participantes dependem do orçamento disponível para a mobilidade.
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