Publicado em: 22 de agosto de 2022 17h08min / Atualizado em: 24 de agosto de 2022 15h08min
Oito acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Chapecó realizam uma pesquisa sobre câncer de colo uterino desde 2019. A investigação científica busca avaliar a atividade e expressão de componentes do sistema purinérgico, de parâmetros do estresse oxidativo e da qualidade de vida das pacientes. Agora, com artigos de revisão publicados em periódicos internacionais, a pesquisa apresenta os resultados preliminares.
A coordenadora e responsável pela pesquisa, a professora do curso de Medicina Andréia Machado Cardoso, salienta que há uma expectativa de que os resultados possam, futuramente, contribuir para o desenvolvimento de novas formas de diagnóstico ou tratamento. “Também buscamos pela pesquisa fazer uma educação em saúde, para que toda a população conheça sobre o HPV e esse tipo de câncer”, explica.
A estudante e integrante do projeto Maria Luiza Mukai Franciosi comenta que o trabalho tem como objetivo compreender a fisiopatologia que envolve o câncer de colo uterino. “A compreensão dessa doença pela pesquisa básica poderá contribuir para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos. Nossa pesquisa visa estudar principalmente aspectos de sistema purinérgico e inflamação no contexto do microambiente tumoral”, destaca.
Os acadêmicos envolvidos na pesquisa realizam a coleta e análise de dados clínicos, a aplicação de questionários e análises laboratoriais. Eles também participam de ações para a educação em saúde, por meio do Instagram: @projetoHPV. Para Maria, esses projetos de pesquisa possibilitam, durante a graduação, um contato dos estudantes com o método científico. “Assim, é possível aprender, de forma prática, a buscar informações confiáveis por meio de revistas médicas de alto impacto. Além disso, a pesquisa ainda pode contribuir para que novos acadêmicos de Medicina tenham o interesse na área acadêmica e em dar continuidade à pesquisa mesmo depois de formados”, finaliza.
Sobre a doença
O câncer de colo uterino é o quarto tipo de câncer mais prevalente em mulheres no Brasil. Diversos fatores estão envolvidos nessa doença, incluindo componentes relacionados ao sistema purinérgico, estresse oxidativo, parâmetros inflamatórios e comprometimento da qualidade de vida. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), durante 2022, a estimativa é de 16.710 casos novos, o que representa um risco considerado de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.
Os estudantes responsáveis pela pesquisa ressaltam que o estudo da fisiopatologia desse tipo de câncer é de fundamental importância para o diagnóstico e tratamento dessa doença, buscando diminuir a mortalidade e reduzir os gastos públicos.
Resultados preliminares
Os resultados preliminares da pesquisa mostram como ocorre a associação entre o sistema purinérgico, estresse oxidativo e qualidade de vida no câncer de colo uterino. Três trabalhos de conclusão de curso de Medicina abordarão essa temática ainda este ano. Andréia destaca que os artigos publicados em periódicos internacionais são fundamentais para a divulgação do conhecimento construído a partir da pesquisa. “Além disso, tornam a UFFS reconhecida por seus trabalhos de excelência”, finaliza.
Os artigos de revisão publicados estão disponíveis nos links:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32170538/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35376994/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33109527/
*Texto da estagiária Luana Poletto, sob supervisão de Flávia R. Durgante
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