Publicado em: 07 de junho de 2023 17h06min / Atualizado em: 08 de junho de 2023 10h06min
Um grupo formado por 36 discentes e três docentes dos cursos de Letras – Português e Espanhol dos campi Chapecó e Realeza fizeram, no mês de maio, uma viagem de estudos a Buenos Aires, Argentina, por intermédio do programa Letras Sin Fronteras. Entre as atividades realizadas estiveram apresentações em três escolas, como parte de projetos literários desenvolvidos pelos cursos.
Duas das apresentações foram sobre cultura e literatura gauchesca, feitas pelas alunas Ângela Riboli Merisio e Júlia Gaboardi Bodanese nas escolas Provincia de Misiones e Helena Larroque de Roffo. Houve ainda um atividade sobre a obra Don Quijote de la Mancha, na escola Coronel C. Saavedra, feita pelos estudantes Carla Montagna, Laura Tuschinski Prates, Maria Eduarda Albuquerque, Eduardo Elian Vicari, Adriéli Silvestri, Emanoele Menin, Thyago Camargo Chaves, Stéfany Alencar Lira, Eduarda Barbosa Fistarol, Fabricio Zanotto Romani e Bruna Hammerich.
O estudante Eduardo Elian Vicari comenta que quando o grupo de alunos e professores da UFFS chegava às escolas onde os trabalhos seriam apresentados a recepção era calorosa e as despedidas emocionantes. Segundo ele, é perceptível a valorização do ensino e a aprendizagem do português na Argentina, já nos anos iniciais do ensino fundamental.
“Levar a nossa cultura para as escolas argentinas e no final de cada apresentação notar o semblante dos discentes ao aprenderem algo novo, não tem preço. É como se a gente fortalecesse o lema 'entre línguas e fronteiras', pois somos seres humanos diferentes e é exatamente isso que molda uma sociedade diversa com mais cor e amor”, comenta o estudante Adrian Velasque, que participou pela primeira vez da viagem de estudos.
O grupo também participou da Feria Internacional del Libro de Buenos Aires, onde pode conferir contações de histórias, palestras, oficinas de poesia e mostras culturais. No itinerário do grupo estiveram também visitas a museus clássicos como o Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (MALBA) e o Museo del libro y de la Lengua, além de espaços históricos e culturais relacionados ao tango, como Caminito e San Telmo. Parte do grupo participou de uma aula experimental de tango e houve ainda um sarao con desayuno (sarau com café da manhã), organizado pela professora Ana Carolina Teixeira Pinto e discentes do Campus Realeza.
Segundo o professor Santo Gabriel Vaccaro, para participar da viagem de estudos, são priorizados os estudantes que possuem atividades para apresentar nas escolas do exterior. Este ano, as apresentações foram realizadas por alunos da 5ª e 7ª fase do curso. Ele explica que, geralmente, os trabalhos e atividades apresentados são elaborados durante as horas de prática como componente curricular (PCCr) das disciplinas do curso, tais como oficinas, banners, cursos de curta duração, etc.
De acordo com o professor, a viagem permite, ainda, que os estudantes conheçam uma das maiores feiras literárias do mundo, resultando em uma experiência essencial para os futuros docentes. “É como se eles se tornassem minotauros das letras, perdidos em um labirinto cujas paredes são feitas de livros. Vivências inesquecíveis e um tanto assustadoras, é claro. Comprar um livro é muito agradável, porém, comprar um livro e pagá-lo por um valor menor do que o gasto para imprimi-lo é praticamente a personificação da felicidade”, pontua.
Letras Sin Fronteras
O programa Letras Sin Fronteras foi institucionalizado em 2022 e integra os cursos de Letras dos campi Cerro Largo, Chapecó e Realeza. As viagens de estudo complementam as atividades realizadas ao longo do ano pelo programa.
Para o estudante Eduardo Elian Vicari fazer parte do programa é uma experiência enriquecedora “não apenas para a minha formação acadêmica, mas também para a minha formação social com indivíduo”. Ele participou das viagens de estudos de 2022 e 2023 e afirma que foram inúmeras as experiências vivenciadas, entre as quais destaca “o grande carinho e apreço das escolas, professores e alunos argentinos pelo Brasil, pela língua portuguesa, pela literatura e por muitos de nossos aspectos culturais”.
Buenos Aires impressionou Eduardo por seu uma cidade que não dorme, com atividades de segunda a segunda, o que é bem diferente de sua vida em Chapecó. “Destaco o grande número de atividades culturais, teatros, museus, apresentações artísticas nas ruas e feiras. São esses espaços que fazem nossos olhos brilharem. Assim, como discente do projeto e futuro profissional da área das letras, desejo voltar logo a Buenos Aires, quem sabe para dar continuidade aos meus estudos na pós-graduação”, destaca.
“A imersão cultural que vivemos nesses dias é a chave que nos possibilitou praticar o espanhol e perder a insegurança. Ter contato com nativos da língua e pessoas de inúmeros lugares do mundo, potencializou o meu aprendizado e fez com eu voltasse para o Brasil sendo um estudante mais completo e pronto para dividir a experiência com o máximo de pessoas ao meu redor”, conta o estudante Adrian Velasque, animado após conhecer a Argentina.
“Os dias que passei na capital da Argentina me fizeram ter a certeza de que estou no caminho certo e escolhi a profissão correta. Dentro do programa Letras Sin Fronteras temos um objetivo que é levar a literatura para dentro das escolas e conseguimos cumpri-lo com êxito. Para nós, futuros professores, transformar histórias por meio da literatura é o maior presente que podemos ganhar. Assim, eu diria que volto de Buenos Aires com ainda mais gás e vontade de fazer a diferença dentro”, completa Adrian.
Equipe de apoio
A professora Ana Carolina Teixeira Pinto coordenou as atividades de dez estudantes do Campus Realeza, enquanto a professora Angela Luzia Garay Flain, o professor Santo Gabriel Vaccaro e seis discentes da comissão discente de Chapecó, Adrian Velasque, Ângela Riboli Merisio, Débora Winckler Bedin, Eduardo Elian Vicari, Maria Eduarda Albuquerque e Raquel Sálvia Borges e uma colaboradora externa, Jozilaine de Oliveira, trabalharam nas atividades do Campus Chapecó. Além disso, também fazem parte do projeto as professoras de língua espanhola do curso de Letras - Português e Espanhol do Campus Chapecó: Alejandra Covalski Rojas, Maria José Laiño e Solange Labbonia, e o professor de literatura Luciano Mello de Paula.
Conforme o professor Santo, é preciso destacar o apoio também das autoridades argentinas, a supervisora coordinadora de Idiomas Extranjeros Lic. Claudia Anconatani, a supervisora adjunta curricular de Materias Especiales Karina Álvarez Vico, as diretoras das escolas Maria Rosa Crigna, Mirna M. Zoff e Alicia Pereira, e os docentes de português Romina Matiuzzi, Mariné Fernández Gianni, Mariana Souto, Paula Lopez e Diego Weckesser. “E também reconhecer os profundos laços que temos criado com a professora de português Mônica Pascuzzo e com a supervisora de Idiomas Latinos, Eleonora Acosta, que já são parte da família do curso de Letras da UFFS”, finaliza.
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