Publicado em: 03 de maio de 2019 14h05min / Atualizado em: 08 de maio de 2019 15h05min
Nossa Universidade está completando 10 anos em 2019 e temos motivos de sobra para nos orgulhar da nossa história. Estamos atuando em uma região historicamente desassistida pelo poder público e que, especialmente com relação ao ensino superior, tem hoje na UFFS a maior expressão de como é possível desenvolver ensino superior público, gratuito e de qualidade em um ambiente que recentemente apresentava poucas perspectivas.
Hoje, a UFFS tem uma comunidade acadêmica de 9.763 alunos, 712 professores, 693 técnicos administrativos. São 45 cursos de graduação, 15 mestrados, 2 doutorados interinstitucionais, além de especializações e residências médicas. Também temos uma grande inserção na comunidade regional, através dos nossos projetos de pesquisa e programas de extensão. Tudo isso se reflete no alto padrão de formação dos acadêmicos, certificado pelas recentes avaliações realizadas pelo próprio Ministério da Educação nos cursos da Universidade.
Recebemos, nesta semana, a informação, por parte do Ministério da Educação (MEC), sobre o bloqueio orçamentário de 30% das verbas destinadas ao custeio, além do bloqueio total do orçamento para investimentos. O corte, que chega a R$ 18 milhões, trará prejuízos sobre os propósitos da Instituição.
O bloqueio, que em algumas rubricas chegou a ser de 37,4%, atingiu as despesas discricionárias da UFFS, como fomento à pesquisa e extensão por meio de bolsas a estudantes, bolsas de monitoria, pagamentos de serviços terceirizados como limpeza e segurança, água, luz, aluguéis, despesas com manutenção, entre outros. Isso não quer dizer que vamos parar de funcionar ou que operaremos cortes de forma imediata, mas o bloqueio de recursos aponta para um cenário difícil. Precisaremos, como já fizemos outras vezes, fazer uma ginástica orçamentária para atender a outras demandas de custeio.
O bloqueio de recursos das Universidades Federais contribui para o desmonte de um patrimônio da sociedade brasileira, responsável por 90% da produção científica do país. Ele também vai na contramão do próprio desenvolvimento do país, que precisa de uma educação superior pública e de qualidade para garantir sua soberania.
A UFFS reitera seu compromisso de assegurar o acesso à educação superior, o desenvolvimento da região da Fronteira Sul, a formação de excelência das futuras gerações e a inclusão social. A Instituição buscará o diálogo com as instâncias competentes do governo federal para que as atividades sejam garantidas sem prejuízos para nossa comunidade acadêmica e para a sociedade.
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