O livro “História Ambiental em Rede” foi publicado a partir da parceria pelas redes de pesquisa entre a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e outras instituições de ensino superior. A colaboração foi proposta pela professora da UFFS – Campus Chapecó, Samira Peruchi Moretto, com textos de pesquisadores em história ambiental e autores vinculados às redes de pesquisa Fronteiras – Laboratório de História Ambiental da UFFS; do Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental (Labimha) da Universidade Federal da Santa Catarina (UFSC); e do Núcleo de Estudos Históricos do Mundo Rural (Nehmur), vinculado à Universidade de Passo Fundo (UPF).

Fronteiras – Laboratório de História Ambiental da UFFS

O Laboratório Fronteiras da UFFS foi criado em 2016 a partir de um grupo de estudos envolvendo acadêmicos da graduação e da pós-graduação. Cerca de 20 alunos e seis docentes participam do projeto, sendo professores e alunos dos cursos de graduação em Geografia e História e do Programa de Pós-Graduação em História e Geografia da universidade. O Laboratório tem como objetivo fomentar o desenvolvimento de pesquisas através do aporte teórico da História Ambiental, além de integrar pesquisadores num espaço interdisciplinar e institucional, propiciando debates e diálogos convergentes com as temáticas e estudos sobre o meio ambiente.

Para a professora Samira, as redes de pesquisa são trocas consistentes de conhecimento. “Os alunos que tiveram a oportunidade de publicar seus textos, anteriormente precisaram realizar a coleta de dados, através das pesquisas, além de analisar as fontes e debater resultados com os colegas da graduação, pós-graduação e doutorado. A integração foi possível pelo Laboratório Fronteiras propiciar este espaço de discussão. Por termos recebido os recursos, pudemos realizar a pesquisa e concretizar a obra”, salienta.

Conforme Samira, há planos para novas parcerias com vários projetos em rede. A exemplo, ela cita o projeto “As transformações socioambientais nos campos e florestas do Sul Brasil: a expansão das monoculturas (1950 a 2020)”. “Neste, o objetivo é investigar o processo histórico das transformações socioambientais ocorrido no sul do Brasil, mais especificamente onde havia a floresta com araucária e os campos sulinos, a partir de 1950 até 2020. Este projeto conta com o apoio do CNPq, pois foi aprovado na Chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 18/2021 - Faixa A - Grupos Emergentes”, explica Samira.

Sobre o livro

O livro foi organizado pelos professores Eunice Sueli Nodari, Samira Peruchi Moretto, Débora Nunes de Sá e João Davi Oliveira Minuzzi, todos ligados a laboratórios de pesquisa em história ambiental. A obra foi lançada em uma parceria entre as editoras Univale e Acervus, e está disponível no formato digital.

*Texto da estagiária Luana Poletto, sob supervisão de Flávia R. Durgante