Publicado em: 08 de março de 2012 08h03min / Atualizado em: 22 de março de 2017 15h03min
A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) inicia o ano letivo de 2012 com muitas conquistas a comemorar no campo da pós-graduação, e com muitos desafios pela frente também. O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Joviles Vitorio Tevisol, fala do que já foi conseguido nestes dois anos de funcionamento da instituição e dos projetos a serem implementados nos próximos, tanto na modalidade Lato Sensu como na de Stricto Sensu.
Neste pouco tempo de funcionamento, a UFFS já conseguiu implementar vários cursos de especialização (Lato Sensu). Para 2012, além da conclusão destes, há o planejamento de abertura de novos? Existe alguma área que a universidade entende como prioritária neste momento?
Joviles - Existem vários cursos de especialização previstos para o ano de 2012 e que deverão ser propostos pelos diferentes campi da UFFS. Destacamos nesse momento o curso Processos Pedagógicos na Educação Básica, no Campus Erechim, com início das aulas no dia 6 de março. O curso de pós-graduação em Educação Integral merece destaque, pois além da turma que deve finalizar ao longo deste ano, outras estão previstas para iniciar em breve, sendo uma na cidade de Pato Branco, no Paraná, ofertada pelo Campus Laranjeiras do Sul, e outra turma está prevista para o Campus Erechim. Posteriormente, o curso em Educação Integral deverá ser ofertado também em Laranjeiras do Sul, campus que também tem prevista a oferta do curso de Produção de Leite Agroecológico. Esses cursos contam com financiamento externo, de ministérios federais.
Em se tratando de Stricto Sensu, além da implementação do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos já aprovado pela CAPES, quais as propostas que a UFFS pretende levar à apreciação neste ano?
Joviles - A aprovação do primeiro Programa de Pós-Graduação (em Estudos Linguísticos) pela CAPES em menos de dois anos de funcionamento da UFFS trouxe muito entusiasmo. É um resultado concreto do trabalho que vem sendo feito nas áreas da pesquisa e da pós-graduação desde o início. Estamos trabalhando em mais oito propostas de programas de pós-graduação. Nesse ano enviaremos novas propostas à CAPES. Não definimos ainda todas as propostas a serem enviadas, pois essa decisão depende da dinâmica de trabalho de cada Grupo de Trabalho (GT) da Pós-Graduação. Já definimos o envio de, pelo menos, duas propostas. A primeira da área de Educação e a segunda da área de Ciências da Computação. Há uma enorme procura por pós-graduação em toda a região de abrangência da UFFS, tanto de cursos de especialização, quanto de mestrado e doutorado.
Como estão estruturados os grupos de trabalho (GTs) da Pós-Graduação? Em que fase estão? Quantas pessoas estão envolvidas?
Joviles - Os Grupos de Trabalho da Pós-Graduação estão estruturados de forma estratégica, de modo a priorizar a participação de professores com titulação de doutor nas diversas áreas de conhecimento da UFFS. Os GTs são constituídos principalmente a partir da área de formação dos professores e por afinidade ao projeto de curso em construção, por isso o número de membros de cada grupo é variado. Mais de 100 professores doutores compõem os grupos. Cada GT possui uma comissão de três professores que o coordenam em todas as suas atividades. A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação realiza reuniões regulares de trabalho com cada GT, a fim de acompanhar, orientar e auxiliar. Na última reunião de trabalho tratamos de alguns pontos de grande importância: elaboração do planejamento de cada GT para 2012; consultorias externas aos GTs; Edital de Professor Visitante Nacional Sênior; implantação da Secretaria Geral da Pós-Graduação; aprovação do Regulamento da Pós-Graduação. A dinâmica de trabalho por meio dos grupos de trabalho tem se revelado muito frutífera. Essa metodologia tem funcionado muito bem, apesar das distâncias entre os nossos campi. Os GT trabalham com regularidade, com reuniões presenciais e por meio da videoconferência. Os GTs tem permitido a integração dos docentes de diferentes campi. Temos o compromisso com o desenvolvimento da pós-graduação em todos os campi da UFFS. Não pensamos a pós-graduação apenas para Chapecó. Trabalhamos para integrar os docentes da UFFS, assim como as diferentes áreas de conhecimento na universidade. A pós-graduação precisa ter o compromisso com a integração acadêmica e científica: graduação e pós-graduação; ensino, pesquisa e extensão. É muito animador ver a universidade ganhando densidade e “musculatura” acadêmica.
Considerando a demanda represada em relação ao oferecimento de mestrados na região de abrangência da UFFS, como a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação entende a importância de ampliar o oferecimento dos cursos de pós-graduação?
Joviles - Historicamente a presença do Estado no campo da educação superior pública foi muito tímida em toda a região de abrangência da UFFS. Esta marginalização produziu carências no âmbito do ensino de graduação e principalmente de pós-graduação, nas diversas áreas. Diante disso, a criação e consolidação de programas stricto sensu é fundamental para o presente e futuro de toda a região de abrangência da UFFS. A própria criação da UFFS precisa ser entendida como uma forma do poder público enfrentar/responder a esse desafio. A PROPEPG está muito atenta a isso e pleiteia um amplo desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica, que tenha elevado reconhecimento acadêmico. O fortalecimento da pós-graduação, articulada com as diretrizes nacionais, se constitui num sólido caminho para o enfrentamento dos problemas regionais e o consequente atendimento às demandas por cursos de alta qualificação.
Com o edital da CAPES aberto para contratação de Professor Visitante Nacional Sênior, existe a possibilidade da UFFS contar com estes profissionais. Qual a contribuição que poderiam dar para a instituição neste momento?
Joviles – Estamos trabalhando para atrair bons candidatos ao edital de Professor Visitante Nacional Sênior (Edital CAPES n. 6/2012). O edital encontra-se aberto e todos os GTs da pós-graduação estão envolvidos nesse esforço. Queremos candidatar ao menos dois professores para cada GT. Talvez isso não seja possível, tendo em vista o fato de que não há docentes disponíveis e interessados, em condições de atender aos requisitos do edital. O professor visitante carrega consigo destacada experiência em pesquisa e em pós-graduação. Para nós é fundamental contar com a presença de docentes com esse perfil, sobretudo nessa fase de estruturação de nossos programas. A presença deles qualificaria sobremaneira os grupos, pelo fortalecimento das diferentes linhas e dos grupos de pesquisa. O contato, a convivência e a troca de experiências entre doutores iniciantes e doutores mais experientes é muito enriquecedor. O edital da Capes encontra-se aberto e já estamos trabalhando nas primeiras propostas a serem submetidas.
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