Publicado em: 05 de junho de 2012 09h06min / Atualizado em: 23 de março de 2017 14h03min
O primeiro mestrado da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em Estudos Linguísticos, alcançou o número de 113 candidatos inscritos. A confirmação foi feita na sexta-feira (primeiro), com a homologação das inscrições. São oferecidas 20 vagas e nos próximos dias inicia a etapa de seleção.
Foram 55 candidatos inscritos para a linha Práticas Discursivas e Subjetividades, 35 para Diversidade e Mudança Linguística e 23 para Língua e Cognição: Representação e Processamento da Linguagem.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Joviles Trevisol, afirma que o número de inscritos não é surpresa, já que a UFFS sempre teve clareza da importância e do papel da pós-graduação na universidade e na região de abrangência da instituição. “O significativo número de inscritos demonstra a importância desse curso e o interesse que ele desperta, especialmente para os profissionais da área que atuam na educação básica e superior. Ao promover a pós-graduação e a pesquisa a universidade cumpre o seu papel, ampliando o seu raio de atuação e contribuindo com a formação ampla e qualificada”.
A coordenadora do programa de Mestrado em Estudos Linguísticos, Cláudia Rost Snichelotto, lembra que uma pesquisa já indicava que a procura pelo mestrado seria grande desde o primeiro processo seletivo. “Fizemos uma pesquisa em 2010 a respeito da titulação dos professores da região e constatamos que são raros os que atuam nas redes pública e privada que detêm o título de Mestre nas áreas de Letras e Linguística”.
Trevisol também ressalta que a distribuição da pós-graduação e da pesquisa entre as regiões de Brasil apresenta grandes assimetrias. “A maioria dos cursos estão concentrados no litoral ou nas cidades que abrigam grandes universidades, sobretudo as públicas federais”. Por isso, destaca que a região de abrangência da UFFS necessita de programas de pós-graduação, especialmente públicos e gratuitos. “Precisa dessa modalidade de formação por que carece de pesquisa. É preciso investir na geração de novos conhecimentos, na geração de tecnologia e na promoção da inovação”.
Outro dado interessante mostra que os candidatos são de 45 municípios da mesorregião e arredores. Para a professora Cláudia, essa informação prova que há uma demanda reprimida por cursos de mestrado acadêmico públicos, não somente na área de Estudos Linguísticos na mesorregião. “Felizmente a Comissão da CAPES das áreas de Letras e Linguística entendeu a necessidade e autorizou o Mestrado em Estudos Linguísticos, tomara outras áreas também observarem o mesmo brevemente”, aponta.
Seleção do Mestrado em Estudos Linguísticos
Para a seleção, a primeira fase é a proficiência em língua estrangeira, que será realizada na segunda-feira (11), a partir das 14h, com caráter eliminatório. Os candidatos que tiverem nota superior a sete farão a prova escrita, eliminatória e classificatória, que deve acontecer uma semana depois, na segunda-feira (18), também a partir das 14h. A terceira fase de seleção é a arguição do pré-projeto e do Curriculum Vitae, etapa também eliminatória. A previsão é de que a arguição aconteça entre 25 e 28 de junho.
Os resultados devem estar disponíveis a partir do dia 29. Já o período de matrículas vai de 18 a 23 de julho.
Os preparativos para o início do curso também estão em andamento. O Colegiado já definiu o quadro de horários das disciplinas que serão ofertadas no segundo semestre deste ano. (Baixe aqui o Horário do Mestrado).
Neste momento, segundo a coordenadora, os professores estão se preparando para receber a primeira turma em agosto, definindo espaços na Unidade Bom Pastor para as salas de aula, os laboratórios, além solicitar material bibliográfico para as disciplinas junto à Biblioteca. Também aguardam a publicação do resultado do julgamento das propostas submetidas à CAPES em maio, ao Edital nº 06/2012, referente ao Programa Professor Visitante Nacional Sênior
Novos mestrados na UFFS
A UFFS trabalha em oito projetos de mestrado. Dois devem ser enviados para avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) até o fim do ano e os demais, até 2015.
Conforme Trevisol, o processo de criação de um novo curso é lento e trabalhoso, com exigências de uma série de quesitos pela CAPES, como um corpo docente qualificado e produtivo. Como a pós-graduação depende da pesquisa, segundo o pró-reitor, a UFFS tem feito um grande esforço nessa direção, com editais de pesquisa e políticas de apoio aos pesquisadores e bolsistas. “O envolvimento dos docentes da UFFS em pesquisa é muito satisfatório. Temos hoje cerca de 200 projetos em desenvolvimento, o que corresponde a média de um projeto para cada dois docentes. A pós-graduação da UFFS está surgindo desse processo”, conclui.
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