Projeto de extensão de cicloturismo terá atividades em outubro
Comunidade pode participar.

Publicado em: 30 de setembro de 2021 14h09min / Atualizado em: 30 de setembro de 2021 15h09min

A bicicleta é um meio de transporte sustentável, não agride o meio ambiente e promove uma vida saudável àqueles que a usam. Utilizar a bicicleta no dia a dia é uma forma de pensar coletivo e em si mesmo. Esse mecanismo de transporte oferece inúmeros benefícios e pode se tornar um bom hobby. Você já imaginou viajar em cima de duas rodas? O cicloturismo é uma alternativa para quem gosta de viajar e ainda admirar as belas paisagens no trajeto.

Na UFFS, o projeto “Pedalar para quê?” tem como objetivo a disseminação da cultura ciclística, que pratica atividades ligadas à mobilidade urbana e que, agora, apresenta a todos o cicloturismo, uma estratégia responsável pela utilização desse veículo para fazer passeios e viagens. O turismo, de certa forma, não é apenas viagens, mas, também, conhecer novos lugares mesmo dentro do seu município.

O cicloturismo é a oportunidade de viajar de bicicleta, por vários dias, semanas, meses ou anos, descobrindo lugares e sensações desconhecidas e com características próprias. Existem duas formas de viajar de bicicleta: a autossuficiente —  levando todo o equipamento de acampamento, cozinha, alimentação e vestuário — e a que conta com o apoio da região, principalmente com hospedagem e comida. De modo geral, oferece-se um trajeto previamente demarcado, com trechos a serem percorridos por dias, distância, altimetria, localização geográfica e placas de sinalização e certificação.



De acordo com o professor responsável pelo projeto, Fábio Carminati, o cicloturismo “é um meio de estimular essa forma de atividade turística e colocá-la ao alcance de um número maior de pessoas”. Além disso, acredita que o projeto tem a capacidade de impulsionar as atividades turísticas ligadas à natureza e ao ecoturismo.

Carminati destaca que o cicloturismo não precisa unicamente acontecer através de viagens complexas, podem ser passeios que não demandam uma logística detalhada como exposta anteriormente, basta apenas de disposição e, é claro, uma bicicleta.

De forma geral, os participantes iniciam no cicloturismo em passeios organizados que oferecem maiores condições de circulação, como o carro de apoio e profissionais atuantes na área, o guia, por exemplo. Carminati diz que “em Chapecó, há uma grande oferta desses passeios para os iniciantes”. Destaca ainda que os trajetos não ultrapassam os 15 km ou 20 km percorrendo estradas de chão, mas que com prática esse processo pode ser um pouco mais rápido partindo então para trajetos mais longos, podendo durar até um dia inteiro. Por serem mais acessíveis, os passeios ciclísticos podem estimular o gosto por andar de bicicleta e podem ser porta de entrada para as cicloviagens.

O professor conta que o Estado de Santa Catarina é pioneiro na construção de cicloturismo e que tem se destacado no âmbito nacional e internacional como destino para essa prática. No oeste do Estado, a modalidade teve um crescimento expressivo e umas das razões para isso é a grande quantidade de vias rurais. Grupos de ciclistas percorrem as estradas de chão, principalmente nos finais de semana.

Segundo ele, o projeto prevê ações para a realização de cicloviagens e expedições de bicicleta com o objetivo de reconhecer rotas já estabelecidas, recorrendo a registros fotográficos, escritos e mapeamento de novas rotas. Em torno disso, são utilizadas alternativas que proporcionam maior construção e disponibilização de um banco geográfico, como GPS, mapas digitais e fotos de satélite, por exemplo. 

O projeto já desenvolveu rotas para circuitos e duas delas já foram realizadas neste semestre; o Circuito de Cicloturismo Vale do Rio Chapecó — que conecta por estradas de chão os municípios de Chapecó, Águas de Chapecó, Coronel Freitas, Quilombo, Abelardo Luz e Lageado Grande —, que teve um total de 350 km com duração de sete dias, e  o Circuito do Velho Oeste, que surgiu como um projeto de extensão da Faculdade Udesc, coordenado pela professora Kiciosan Galli, percorrendo por seis dias os municípios de Cunha Porã, Caibi, Palmitos, Cunhataí, Saudades, Modelo, Maravilha, Bom Jesus do Oeste, São Miguel da Boa Vista, Santa Terezinha do Progresso, Flor do Sertão e Iraceminha. Está prevista para o final do mês de outubro a realização de cicloviagem no Circuito do Vale do Rio Chapecó, com duração de 5 dias.

Interessados em participar das atividades do projeto podem entrar em contato com o coordenador e responsável pelo e-mail: fabio.carminati@uffs.edu.br.