Um Projeto de Iniciação Científica desenvolvido na Instituição deu origem a um conjunto de cinco DVDs e um CD contendo informações importantes da fase de criação da UFFS, compreendendo o período entre os anos de 2003 a 2010. O material reúne 18 entrevistas com lideranças dos estados do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul que participaram, de alguma forma, do processo de construção da Universidade (Movimento Pró-Universidade).

Cada entrevista tem duração média de 60 a 90 minutos. Como parte do material de consulta também está disponível cerca de 500 documentos digitalizados, entre registros fotográficos, atas de reuniões, portarias, memorandos, leis, decretos, artigos publicados na imprensa e relatos.

O projeto foi desenvolvido pelo então estudante do curso de História do Campus Chapecó, Marcelo Ló, com orientação do professor Joviles Vitório Trevisol. Implementado de agosto de 2011 a julho de 2013, teve apoio do CNPq e do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica da UFFS. O principal propósito do projeto foi compreender o papel que as redes do associativismo civil, especialmente os movimentos sociais, exerceram na criação da UFFS e na definição de seu projeto político-institucional.

O documentário “Educação e Política: Movimentos Sociais e Participação no Processo de Criação da UFFS” está disponível para consulta nas bibliotecas dos seis campi da Universidade, tanto para a comunidade universitária quanto para os demais interessados em pesquisar aspectos da memória institucional da UFFS. “Desenvolvemos um trabalho de pesquisa sobre um tema de interesse institucional. Estamos construindo uma universidade nova e é fundamental organizar a sua memória. É importante organizar esse acervo e disponibilizá-lo à comunidade acadêmica. Assim, a pesquisa cumpre o papel de organizar os saberes existentes e produz novos conhecimentos”, entende Joviles Trevisol.

Para Marcelo Ló, o trabalho também ajuda a organizar a história das organizações sociais que colaboraram na criação da UFFS. Marcelo explica que a pesquisa demandou bastante esforço e tempo, já que foi preciso conciliar agendas para a realização das entrevistas, praticamente todas necessitando de deslocamento. “Envolver-se neste tipo de projeto de pesquisa coloca o estudante frente a pontos que vão além da graduação, pela necessidade de encontrar formas de viabilizar a pesquisa”, conclui Marcelo, que agora pretende continuar seus estudos envolvendo movimentos sociais.