Publicado em: 14 de abril de 2020 09h04min / Atualizado em: 14 de abril de 2020 09h04min
A população carcerária do Brasil é uma das maiores do mundo. O Brasil possui atualmente, segundo Departamento Penitenciário Nacional, 1.507 unidades prisionais ativas, com um total de 415,9 mil vagas no sistema, disponibilizadas para uma população carcerária de mais de 750 mil pessoas. Segundo o Departamento, desde o ano 2000, a taxa de aprisionamento aumentou mais de 150%. Em 2019, o Brasil registrou 335 pessoas presas para cada 100 mil habitantes*.
Em Chapecó, há uma população carcerária de cerca de 2 mil pessoas. Nesse cenário de pandemia da Covid-19, essa parcela é vista como um grupo de risco. “A população do sistema prisional é grupo de risco e mais vulnerável ao adoecimento. Também apresentam comorbidades que podem favorecer o desenvolvimento de doenças como a doença causada pelo Coronavírus”, aponta a professora do Campus Chapecó, Maíra Rossetto.
Maíra teve um projeto de extensão de educação em saúde aprovado no último edital de fomento a ações em saúde relacionadas ao Coronavírus. O projeto “Produção e difusão de materiais educativos sobre o Coronavírus e seus impactos na saúde” tem como um dos públicos-alvo o complexo prisional de Chapecó. Segundo ela, desenvolver trabalhos de educação em saúde podem melhorar o enfrentamento da doença e as chances de controle da pandemia. “A UFFS tem compromisso social com a região e o desenvolvimento desse projeto é uma forma de dar uma contrapartida à comunidade, às pessoas e aos serviços de saúde”, complementa.
O objetivo do projeto que iniciará neste mês é elaborar uma campanha informativa com publicações de medidas preventivas ao Coronavírus, por meio das mídias eletrônicas para a comunidade universitária, comunidade regional e para o complexo prisional.
A professora comenta que essa não é a primeira ação desenvolvida pela UFFS no sistema prisional regional. A UFFS tem, desde o início de 2019, um programa de extensão desenvolvido no sistema, também na área de educação em saúde coordenado pela professora Joanna Darc Lyra Batista. Maíra, também integra este projeto. “O programa que temos atualmente lá faz ações de prevenção e promoção da saúde com os apenados e profissionais que lá trabalham. Realizamos ações de saúde bucal, tuberculose, Infecções Sexualmente Transmissíveis, vacinação, testes rápidos e práticas relacionadas a terapias integrativas e complementares”, conta.
*os dados são do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen).
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