Publicado em: 03 de junho de 2020 16h06min / Atualizado em: 04 de junho de 2020 09h06min
Foi publicado no site da Universidade Federal da Fronteira Sul, nessa quarta-feira (3), a Portaria nº 608/GR/UFFS/2020, que dá conta da criação da Assessoria de Inovação Tecnológica na Educação (ASSITEC), vinculada à Reitoria. O órgão terá na coordenação o professor Nedilso Lauro Brugnera.
Uma das primeiras ações no âmbito da ASSITEC é a instituição do Programa de Ampliação e Consolidação de Tecnologias e Inovação no Contexto Educacional – PRACTICE, formalizado pela Portaria nº 610/GR/UFFS/2020. O Programa objetiva estruturar ambientes e capacitar agentes educacionais para a produção e mediação de conteúdos por meio de tecnologias baseadas em metodologias ativas, de modo a contribuir para a promoção da inovação no processo de ensino-aprendizagem em componentes curriculares e extracurriculares da UFFS.
O PRACTICE será coordenado pelos professores Maurício Fernando Bozatski e Fernando Bevilacqua. Conforme a coordenação do Programa, o funcionamento será viabilizado por meio da criação de equipe com o núcleo em Chapecó e células em todos os campi da UFFS, onde serão ligados ao Programa dois servidores e três estudantes. No núcleo em Chapecó serão oito estudantes na equipe de execução e dois estudantes programadores.
Basicamente, o Programa de Ampliação e Consolidação de Tecnologias e Inovação no Contexto Educacional – PRACTICE vai atuar em sete linhas prioritárias de ação:
1) Estruturação de ambientes que possibilitem a gravação, a transmissão, edição e produção de conteúdos educacionais nas mais variadas plataformas de distribuição de conteúdo; Nesses estúdios, os estudantes e servidores da UFFS poderão gravar ou transmitir conteúdos online tendo uma equipe para auxiliar na gravação e edição de conteúdo. Será desenvolvida uma tecnologia própria da UFFS para a elaboração de um sistema de gravação que seja intuitivo e semiautomatico. Também será ofertado treinamento para os servidores, que envolvem técnicas didáticas para aula telepresencial e apropriação dos métodos de Storytelling, Visual Thinking e Design Thinking para que os conteúdos, sejam didáticos ou paradidáticos, tenham alto valor educacional.
2) Adaptação de algumas salas de aulas atuais para o oferecimento de aula em tempo real por telepresença; A realidade do retorno às aulas pós-pandemia ainda é incerta, logo não se sabe quando e como será o retorno às atividades presencias. Pode ser que tenhamos que reduzir o número de estudantes em sala; não se sabe quando o transporte intermunicipal será restabelecido. Deste modo, serão adaptas algumas salas de aula nos Campi que tenham câmeras que acompanhem o movimento do docente e um sistema automático de transmissão, de modo que o professor poderá lecionar normalmente, sem se preocupar com questões técnicas, e os estudantes que não puderem estar presencialmente poderão acompanhar a aula de forma telepresencial. Sempre será opção da professora ou do professor lecionar nestes ambientes ou não.
3) Capacitação didática de docentes para a oferta de aulas via telepresença, de maneira síncrona e assíncrona, bem como o fomento para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras próprias da UFFS voltadas a interação, criação, curadoria e distribuição de conteúdos de acesso público. Pela criação de uma equipe multidisciplinar de servidores serão ofertados, de maneira remota e presencialmente quando as condições permitirem, cursos que ajudem os docentes a se adaptarem a essa nova possibilidade de gravar seus conteúdos, os quais poderão ser acessados de maneiras assíncrona para um posterior encontro em tempo sincronizado, que será mais eficiente e otimizado. É bem conhecida a dificuldade de gravar e se assistir posteriormente, isso precisa de treinamento e do domínio de algumas técnicas, pois não vemos o olho olhando o mundo, mas vemos por nossos olhos e não estamos acostumados com o som da nossa voz que os outros ouvem, essa adaptação para esta nova realidade imposta pela Sociedade 5.0 e pela Pandemia demandam este tipo de ação.
4) Analisar a viabilidade de criação da UFFSTV em plataforma exclusivamente digital. Seguindo exemplos de outras universidades, como a UFPR, a equipe vai criar plataformas de programas que enquadrem a divulgação de pesquisas, eventos e do cotidiano da UFFS. Estes conteúdos serão reunidos e disponibilizados exclusivamente pela internet.
5) Capacitação dos estudantes e sugestão de adequação de programas de assistência estudantil para que oportunizar a participação de todos, sem prejuízo, nas atividades telepresenciais. É sabido que as condições de acesso remoto de todos os estudantes não é padronizada. A assistência estudantil precisa repensar alguns programas de auxílio que não fazem sentido numa realidade de isolamento e ofertar novas modalidades, como acesso à internet de qualidade e disponibilização de computador ou tablet para quem não possuir. Vão ser criados conteúdos que poderão ser “baixados” no celular, por exemplo, quando o estudante tiver acesso à internet, mas serão desenvolvidos livros físicos em papel reciclados com Codes que darão acesso a material audiovisual que estariam previamente na memória dos aparelhos, não gerando demanda por sinal de internet, todavia, isto será desenvolvido gradualmente e é necessário, portanto, que os estudantes recebam auxílio para ter condições de igualdade de acesso.
6) Contribuir para a curricularização da Extensão a partir da produção de conteúdos voltados para a Educação Básica e os mais variados dos setores produtivos da iniciativa pública e privada. A UFFS já participa e esta articulada com muitas escolas da Rede Básica de Ensino e com empresas parceiras. Com a possibilidade de desenvolvimento de conteúdo e material sob demanda, como por exemplo, um curso de capacitação para professores dos anos iniciais ou um software de controle logístico e entrega peer-to-peer de produtos orgânicos, as atividades de extensão da UFFS podem continuar mesmo em tempos de isolamento social.
7) Proporcionar que o presente Programa tenha alcance em todos os campi da UFFS com o mesmo nível de interação e atuação. Apesar do núcleo de desenvolvimento de novas tecnologias concentrar-se no Campus Chapecó, a estruturação de estúdios e salas de aula adaptadas será possível de ser replicada de forma isonômica em todos os campi da UFFS. O Campus de Laranjeiras do Sul já está envolvido na fase inicial do PRACTICE.
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