Publicado em: 10 de abril de 2024 14h04min / Atualizado em: 18 de abril de 2024 14h04min
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou o projeto do curso Educação Especial Inclusiva, submetido pela UFFS ao Edital 23/2023, do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica – PARFOR Equidade. Com a aprovação, a Universidade ofertará o curso, como segunda licenciatura, para professores em atuação e licenciados que tenham interesse na área.
Conforme o projeto do curso, que teve a elaboração coordenada pelo professor Derlan Trombetta, serão ofertadas 150 vagas, distribuídas em três turmas de 50 estudantes cada, nos campi Chapecó (SC), Erechim (RS) e Laranjeiras do Sul (PR). Ele terá duração de quatro semestres, totalizando 1.200 horas, e será na modalidade presencial, com até 40% da carga horária destinada a atividades a distância. As aulas presenciais ocorrerão em três turnos semanais, nas sextas-feiras nos períodos da tarde e noite e nos sábados pela manhã.
Segundo a professora Sonize Lepke, que coordenará o curso, o edital do processo seletivo deverá ser publicado entre os meses de maio e junho. As aulas iniciarão no mês de agosto de 2024 e se estenderão até junho de 2026.
Matriz curricular
De acordo com o projeto do curso, a matriz curricular, composta por 25 componentes curriculares, terá quatro eixos formativos. O primeiro eixo percorrerá os fundamentos epistemológicos da educação especial inclusiva e seus movimentos histórico, social, político e normativo, determinantes e imprescindíveis na constituição do currículo.
No segundo eixo será trabalhado o ensino colaborativo na educação especial inclusiva, pensando as especificidades do público da educação especial no contexto da docência e equipes de apoio ao processo das aprendizagens escolares.
O terceiro eixo formativo tratará das práticas colaborativas e contextos educacionais, com ênfase nos elementos que apoiam a prática docente numa perspectiva interdisciplinar, apontando para as possibilidades adaptativas e alternativas que promovam uma ação pedagógica diversificada e atenta às diferenças que compõem o gênero humano.
Finalizando o curso, o quarto eixo formativo enfatizará as experiências do percurso, as produções de conhecimento resultantes das atividades práticas de imersões, pesquisa e aprendizagens compartilhadas no contexto das escolas. Dentro da carga horária do curso estão previstas 240 horas de estágios curriculares, 150 horas de atividades de extensão e 100 horas de pesquisa.
Pesquisa
Para a elaboração do projeto do curso foi realizada uma pesquisa junto a 24 municípios da região Oeste de Santa Catarina, 32 municípios do Alto Uruguai do Rio Grande do Sul e 22 municípios do Médio Centro-Oeste do Paraná. A coleta de dados foi feita por meio de consulta às secretarias municipais e estaduais de educação e aplicação de questionários aos profissionais que atuam com a educação especial inclusiva nas escolas.
A pesquisa revelou que houve um aumento significativo no número de matrículas de estudantes com deficiência e transtornos globais de desenvolvimento na rede regular de ensino nos últimos anos. Além disso, se constatou que há escassez de professores qualificados para trabalhar com os alunos com deficiência, tanto em sala de aula, quanto nas salas de recursos multifuncionais. Houve, ainda, a indicação da necessidade urgente de uma formação adequada aos profissionais que atuam na área.
Outro dado resultante da pesquisa é que o autismo e a deficiência intelectual são os diagnósticos de mais de 50% dos estudantes incluídos. As demais deficiências indicadas foram: deficiência física, visual, auditiva, surdez, deficiências múltiplas, altas habilidades e superdotação.
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