Publicado em: 08 de abril de 2011 09h04min / Atualizado em: 21 de março de 2017 09h03min
Uma comitiva da cidade portuguesa de Moura esteve em Chapecó na quinta e sexta-feiras (sete e oito) para debates e reuniões sobre uma possível parceria entre os países para a produção e certificação de placas de energia solar. A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) esteve representada nas reuniões como integrante da Fundação Científica e Tecnológica de Energias Renováveis (FCTER).
A cidade de Moura passou a se destacar, nos últimos anos, como referência na produção de energia solar e no desenvolvimento de tecnologia. Possui uma central de produção com 260 mil placas e um laboratório (Lógica) para a certificação das placas, atendendo vários países europeus e atraindo empresas do ramo.
A comitiva portuguesa, liderada pelo prefeito da cidade de Moura, José Maria Pós de Mina, e pelo diretor do Laboratório Lógica, Victor Paulo Soares Silva, levantou três pontos centrais nas discussões. Inicialmente, veio a explicação da importância funcamental da participação das universidades e centros para o desenvolvimento da pesquisa. Depois, a possibilidade de cooperação e gestão conjunta entre o laboratório Lógica e o laboratório que for instituído em Chapecó. O terceiro ponto é a construção de um projeto de venda de créditos de carbono pela produção de uma energia limpa.
O reitor da UFFS, Jaime Giolo, lembrou que a instituição pretende discutir as questões de melhoria da qualidade de vida no planeta, como as energias renováveis. Mencionou o curso de graduação de Engenharia Ambiental e Energias Renováveis e a participação da instituição com a FCTER. “A UFFS respira essas preocupações. Estamos no lugar em que deveríamos estar na direção das energias renováveis”.
O empresário Nelson Akimoto, que participa da FCTER como representante da empresa Nord Electric, afirmou que espera, em breve, ampliar a experiência da fundação para outros modelos, além da energia renovável. “Queremos ser polo de atração de pesquisadores”, ressaltou.
O prefeito de Moura ressaltou a importância das instituições educacionais e de pesquisa no projeto da cidade. “No caso de Moura aconteceu, houve um acompanhamento por parte das universidades na construção do processo. Nós criamos uma empresa municipal que gera uma parte do nosso parque tecnológico, na qual as próprias universidades são acionistas e nossos parceiros”. Para ele, a participação das universidades é essencial para que o modelo que está se criando em Chapecó, através de uma fundação. “Quando falamos de novas tecnologias, o conhecimento é fundamental para trabalharmos nos projetos, na investigação, na pesquisa. Aí o papel das instituições ligadas ao saber é fundamental”.
O deputado federal Pedro Uczai, que iniciou o processo de instituição da fundação, tem a mesma posição sobre a participação das universidades. Nesse contexto, considera essencial a participação da UFFS: o papel de uma universidade federal, que tem não só o ensino como estratégia, mas também a pesquisa, a extensão e a intervenção no desenvolvimento na região, é fundamental. E a energia renovável é um dos instrumentos para esse desenvolvimento. A UFFS também pode fortalecer a pesquisa, fortalecer essa fundação no sentido de desenvolver novas tecnologias, e, terceiro, o curso de Engenharia Ambiental e Energias Renováveis pode formar profissionais para atuar nesses centros de pesquisa, expandindo a energia renovável na região”.
Em um breve balanço da visita ao Brasil, Mina ressaltou a vontade das pessoas e entidades em fazer o projeto da energia solar dar certo. “Esse é o principal fator: podemos ter condições naturais, podemos ter condições técnicas e até econômicas e financeiras, mas se não houver vontade das pessoas nós não fazemos nada”.
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