UFFS realiza encontro com Anita Prestes nesta quinta-feira, dia 08

Publicado em: 05 de agosto de 2013 08h08min / Atualizado em: 28 de março de 2017 13h03min

A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) recebe, nesta quinta-feira, dia 08 de agosto, a historiadora Anita Leocádia Prestes. Anita, que é filha de Olga Benário e Luis Carlos Prestes, vem a Chapecó para lançar o livro “Luis Carlos Prestes – O combate por um partido revolucionário (1968 – 1990)", no qual fala sobre a luta de seu pai pela construção de um país soberano e socialista e de um partido capaz de conduzir o povo organizado nessa construção.

De acordo com o Vice-reitor da UFFS, Antônio Inácio Andrioli, intelectuais que pautam a inovação na educação, na sociedade e na organização social sempre têm espaço na UFFS. “Já trouxemos grandes intelectuais para debater dentro da UFFS e seguimos trazendo Anita Prestes, que é um símbolo contra a perseguição política, opressão e de luta contra a exclusão social, pobreza, desigualdade e que é uma referência na história política internacional. A intenção é sempre manter o diálogo sobre as lutas sociais atualizado e fortalecido e inspirar a comunidade acadêmica, e também a direção da UFFS, a continuar no caminho para construção e consolidação de uma universidade pública e popular”, salienta.

O encontro com Anita será no dia 08 de agosto, às 19h30, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal, localizado na Rua Rui Barbosa, 274 E, Centro de Chapecó (SC).

O evento é realizado em parceria com a Editora Expressão Popular e a Livraria Marcelino Chiarello.

Biografia

Anita Leocádia Prestes, filha do líder comunista Luiz Carlos Prestes e Olga Benário Prestes, nasceu no dia 27 de novembro de 1936, em Barnimstrasse, prisão destinada às mulheres na Alemanha Nazista, para onde sua mãe, judia alemã e comunista, foi levada após ser deportada do Brasil, por Getúlio Vargas, aos sete meses de gravidez.

Desfrutou a companhia materna apenas até os 14 meses, quando a avó, Leocádia Prestes, conseguiu resgatá-la, após intensa campanha internacional. Foi, então, com a avó e a tia Lygia, a quem considera como segunda mãe, para o exílio no México. Olga Benário morreu em abril de 1942, assassinada em uma câmara de gás, no campo da morte de Bernburg. Como lembranças da mãe, apenas algumas poucas cartas, escritas do cativeiro ao marido Prestes, falando sobre a imensa alegria que a filha com seus olhos azuis brilhantes lhe dava e reafirmando a esperança que fosse uma menina feliz e sempre orgulhosa da luta dos pais. Em 1945, após o fim do Estado Novo, aos 9 anos, Anita chegou ao Brasil e pôde, finalmente, conhecer o pai.

Anita é uma das maiores pesquisadoras da história das lutas comunistas no Brasil.

Fonte:  www.mulher500.org.br