Publicado em: 14 de agosto de 2012 08h08min / Atualizado em: 24 de março de 2017 08h03min
"Sem dúvida alguma, o Rondon foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida. A experiência de poder compartilhar dez dias com pessoas que eu nunca tinha visto, ou sequer conversado, me proporcionou uma troca de conhecimento imensa, pude ensinar, mas com muita certeza, aprendi muito mais”. Este é o depoimento da acadêmica do curso de Nutrição da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza, Angelica Werkhausen, sobre a sua participação na Operação Serra & Mar, do Projeto Rondon.
A operação da qual a acadêmica Angélica participou (Operação Serra & Mar) é realizada pelo Núcleo Extensionista Rondon (NER) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Nesta, que é a quarta operação, foram envolvidos175 rondonistas, divididos entre as cidades catarinenses de Jacinto Machado, Praia Grande, Santa Rosa do Sul, Lauro Muller, Morro da Fumaça, Urussanga e Sangão. A UFFS, pela primeira vez, participou do projeto, enviando nove rondonistas, sendo oito acadêmicos dos campi de Realeza, Erechim e Chapecó e a professora coordenadora Adriana R.S.Losso, do Campus Erechim.
De acordo com a professora Adriana, foram muitas frentes de trabalho, com oficinas planejadas a partir das demandas de cada localidade. As oficinas realizadas nas cidades abrangeram as oito áreas da extensão universitária brasileira que são comunicação, cultura, direitos humanos e justiça, educação, meio ambiente, saúde, trabalho e tecnologia de produção. “O estudo das necessidades foram realizados a partir de um diálogo com o poder público local (prefeito, vice, secretários (educação, turismo, transporte, agricultura, administradores em geral). Ficamos alojados em escolas da comunidade. Não havia hora para dormir, apenas acordar. Íamos dormir todos os dias por volta das três ou quatro horas da manhã, avaliando a atividade do dia e planejando a do dia seguinte. Eram três períodos de trabalho que envolviam sobretudo, oficinas produzidas pelos acadêmicos sob orientação dos professores coordenadores, alternadas por palestra de professores coordenadores, além de palestras com professores/coordenadores”, contou.
Para a acadêmica do curso de Agronomia da UFFS – Campus Chapecó, Adriana Bilini, participar do Rondon foi uma experiência singular. “Eu faria tudo de novo, foi muito bacana ver o brilho nos olhos das pessoas, o sorriso de gratidão que elas tinham estampado no rosto por poder particpar das oficinas e aprender alguma coisa. Foi muito bom e ao mesmo tempo desafiante”, ressaltou Adriana, que participou das oficinas realizadas na cidade de Jacinto Machado.
Angelica, que participou na Operação na cidade de Sangão, corrobora as afirmações de Adriana e destaca que o Rondon é fascinante, onde pequenos gestos tem grandes significados. “É impressionante como uma simples brincadeira pode alegrar tanto as crianças, e como é bom finalizar as atividades e ouvir que o que elas mais gostaram foi a nossa presença na escola. É emocionante escutar ‘tia, tia, eu gostei de você’ ou receber um forte e caloroso abraço dos pequenos. Realizar as oficinas com crianças, professores, e toda a comunidade é uma grande troca de conhecimento, você planta uma sementinha em cada local que vai. Além disso, me senti acolhida e fiz grandes amizades e o Rondon é isso, uma família que você constrói, em poucos dias, recheado de lágrimas derramadas de alegria, de tristeza, de momentos únicos e pessoas inesquecíveis”, observou a futura nutricionista.
A operação Serra & Mar
Nesta Operação da qual participaram os acadêmicos e a professora da UFFS, foram atendidas 12.373 mil pessoas em sete municípios das Secretarias de Estado de Desenvolvimento Regional (SDRs) de Criciúma e Araranguá. Foram realizadas 406 oficinas em dez dias de missão, que encerrou na última semana. O objetivo dessas operações é contribuir com os municípios catarinenses, identificando segmentos para o desenvolvimento local, articulando as competências e promovendo a interação dos cidadãos na busca de soluções que melhorem o ambiente social em que vivem. Na cidade de Jacinto Machado, por exemplo, uma das ações do Rondon foi o plantio de 500 mudas de açaí e café, dentro da comunidade Quilombola da Pedra Branca. Um grupo de rondonistas, coordenados pelo secretário de agricultura do município e com o apoio técnico da Epagri, fizeram a ação que pretende dar mais opções à comunidade na diversidade de colheitas de culturas diferentes, propiciando também, aumento de renda.
Segundo a professora Adriana, o Rondon contribui sobremaneira para formação do universitário, possibilitando a integração deste ao processo de desenvolvimento nacional. “Nesta perspectiva possibilita consolidar no universitário o sentido de responsabilidade social, coletiva em prol da cidadania, do desenvolvimento e da defesa dos interesses do país. O acadêmico e professor que tem a oportunidade de viver uma experiência de extensão da natureza do Rondon, se transforma em uma pessoa e profissional muito melhor, mais humano, solidário, de uma sensibilidade, um senso de responsabilidade e cidadania nunca antes imaginável”, destacou.
Também participaram da operação a Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e Novafapi. Da UFFS participaram os alunos Jéssica Pauletti e Willian Moura do curso de Ciências do Campus Realeza; Jezebel Lopes, do curso de Letras do Campus Realeza; Gabriel Scheffer, do curso de Letras do Campus Chapecó; Adriana Bilini, do curso de Agronomia do Campus Chapecó; Angélica Werkhausen e Vanesa Gesser Corrêa, do curso de Nutrição do Campus Realeza; e Dione Fátima Grzybobski, do curso de Geografia do Campus Erechim. Além da professora Adriana Regina Sanceverino Losso.
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