0 1 2 3
Loading...
CulturaLetras

Para comemorar Dia do Folclore, professores estudantes falam sobre projeto que valoriza lendas e histórias populares

Iniciativa do curso de Letras resgata narrativas ancestrais, promove intercâmbio cultural e envolve estudantes em processo criativo que transforma quem conta e quem ouve as histórias

Assessoria de Comunicação do Campus Chapecó — 22 de Agosto de 2025 — Atualizado em 22/08/2025

Para comemorar Dia do Folclore, professores estudantes falam sobre projeto que valoriza lendas e histórias populares

Lendas e histórias do folclore são contadas em projetos

O Dia do Folclore Brasileiro, 22 de agosto, é uma data dedicada a valorizar os saberes populares transmitidos de geração em geração. Na UFFS – Campus Chapecó, essa valorização acontece durante todo o ano, por meio dos programas Letras sin Fronteras, Grandes personagens da literatura, PerCursos Literários, Letras del Alma e Lendas sem Fronteiras.

Unindo teatro, pesquisa e contação de histórias, lendas brasileiras são apresentadas em diálogo com narrativas de países vizinhos, alcançando públicos no Brasil, Uruguai e Argentina.

Inicialmente, personagens muito conhecidos pelas crianças brasileiras são selecionados, estabelecendo paralelos com figuras semelhantes de culturas hispânicas. “O lobisomem, por exemplo, se aproxima do Lobisón, com características quase idênticas. Já o boto brasileiro tem correspondentes como o Pombero, na Argentina, e o Trauco, no Chile. Essa conexão facilita apresentações tanto aqui quanto nos países vizinhos”, explica o coordenador do projeto, professor Santo Gabriel Vaccaro.

O intercâmbio não é apenas temático. As apresentações já atravessaram fronteiras geográficas e linguísticas, aproximando culturas pela força das narrativas e pela magia do teatro. Para os integrantes do grupo de teatro Contracapa, que atua nas apresentações, pesquisar a fundo as origens e variações de cada história é essencial. “Essas lendas carregam ancestralidade e exigem respeito ao serem representadas no palco”, afirma a estudante Stefany Alencar Lira.

O grupo consulta versões registradas por folcloristas, mas também utiliza elementos de outras variantes para tornar a encenação mais cativante, especialmente para manter o público jovem envolvido. “Quem conta um conto, aumenta um ponto. Mas a estrutura e a essência da narrativa precisam ser preservadas”, completa Stefany.

Da oralidade ao palco

O desafio de transformar narrativas orais em apresentações teatrais envolve criatividade e sensibilidade. O projeto aposta em recursos visuais e lúdicos — fantoches, bonecos, livros artesanais, figurinos e músicas originais — para aproximar o público infantil.

Em algumas adaptações, elementos sensíveis são reelaborados para transmitir valores educativos. Na lenda do Boto, por exemplo, o enredo substitui a sedução por um alerta: “é melhor conhecer bem as pessoas antes de namorar”. Já figuras como o Curupira, inicialmente apresentadas como assustadoras, revelam-se protetoras da floresta, ajudando a desconstruir estereótipos.

Não há uma lista fixa de personagens para cada peça. A escolha é feita pelos próprios estudantes, que trabalham as lendas inicialmente na disciplina de Projetos de Extensão I e, depois, aprofundam o conteúdo no projeto Lendas sem Fronteiras e no grupo Contracapa. Essa liberdade também se estende à coleção de livros em desenvolvimento sobre lendas brasileiras, na qual os capítulos são definidos pelas preferências dos autores, e não por exigências acadêmicas.

Segundo Vaccaro, a compreensão dos personagens é construída em camadas: a visual (o que se vê no palco ou se imagina), a emocional (a forma de ser do personagem e suas ações), a narrativa (a história contada) e a moral (o aprendizado que fica). Essa abordagem faz com que crianças e adolescentes não apenas assistam, mas participem ativamente da experiência, seja imaginando um Saci preso em um frasco ou confeccionando, com professores de artes, uma representação física do personagem. Conforme o professor, as apresentações rendem histórias marcantes. Em Santana do Livramento, crianças do ensino fundamental riram das trapalhadas dos personagens, se assustaram em momentos de tensão e se encantaram com a máquina de fumaça. Já em uma escola de Buenos Aires, durante a apresentação da lenda da Iara, pais e mães, mesmo sem compreender o português, cantaram e bateram palmas junto aos filhos, contagiados pela energia da cena. Em outra ocasião, crianças argentinas presentearam os atores com desenhos e pediram autógrafos e abraços, reforçando o vínculo criado pela arte. “Isso acontece pela magia das lendas”, diz Vaccaro. Aprendizado para quem conta e para quem ouve O envolvimento dos estudantes no projeto vai muito além da atuação no palco: inclui pesquisa, escrita, adaptação de textos, montagem de cenários e figurinos. “É uma experiência transformadora. Aprendi sobre o nosso país, ganhei confiança para falar em público, desenvolvi improviso e criatividade, e fiz grandes amizades”, relata a estudante Náthaly Alberti. Para Stefany, o objetivo maior é preservar o saber popular em uma sociedade cada vez mais marcada por estímulos tecnológicos e inteligência artificial. “Falar sobre lendas é valorizar a nossa ancestralidade, a cultura do nosso povo e as nossas histórias. É um dever que nós temos.” Após as apresentações, o grupo costuma reservar alguns minutos para conversar com o público sobre o que foi visto. Essas rodas de conversa estimulam reflexões, como no caso do Lobisomem, usado para debater empatia e julgamentos precipitados. Assim, segundo o professor, o projeto busca divertir e também educar, fortalecendo a identidade cultural.ed consectetur commodo ornare. Duis vehicula eget dolor eget finibus. Maecenas feugiat felis nulla, id placerat ligula condimentum ut. Donec euismod euismod erat, ac pulvinar lorem pellentesque ac. Etiam eu sollicitudin odio. Maecenas suscipit finibus ante in hendrerit. Ut nec enim nec neque tristique euismod eget a ex.

Curabitur ullamcorper mattis risus, vel mollis metus varius id. Curabitur tempus a nisi ut bibendum. Maecenas ornare vulputate lacus, vel lobortis nulla vulputate vitae. Suspendisse eros tortor, molestie nec ornare ac, facilisis sed nunc. Pellentesque lacinia tincidunt vulputate. Aenean hendrerit nulla nec ultricies auctor. Duis at aliquam massa. Pellentesque at turpis mauris.

Donec sed eros nisi. Pellentesque facilisis eu diam et consectetur. Class aptent taciti sociosqu ad litora torquent per conubia nostra, per inceptos himenaeos. Praesent elementum maximus scelerisque. Mauris maximus ante eu enim dictum tincidunt. Donec egestas sed nisi vitae lacinia. Ut id scelerisque enim, a congue enim.

Relacionadas

Campus Cerro Largo

Rua Jacob Reinaldo Haupenthal, 1580, Centro,
Cerro Largo, RS
CEP 97900-000
Tel. (55) 3359-3950
CNPJ: 11.234.780/0003-12

Campus Chapecó

Rodovia SC 484, km 02,
Bairro Fronteira Sul,
Chapecó, SC
CEP 89815-899
Tel. (49) 2049-2600
CNPJ 11.234.780/0007-46

Campus Erechim

ERS 135, km 72, 200,
Caixa Postal 764,
Erechim, RS
CEP 99700-970
Tel. (54) 3321-7050
CNPJ 11.234.780/0002-31

Campus Laranjeiras do Sul

Rodovia BR 158, km 405,
Caixa Postal 106,
Laranjeiras do Sul, PR
CEP 85319-899
Tel. (42) 3635-0000
CNPJ 11.234.780/0004-01

Campus Passo Fundo

Rua Capitão Araújo, 20,
Centro,
Passo Fundo, RS
CEP 99010-200
Tel. (54) 3335-8514
CNPJ 11.234.780/0006-65

Campus Realeza

Rodovia PR 182, km 466,
Caixa Postal 253,
Realeza, PR
CEP 85770-000
Tel. (46) 3543-8300
CNPJ 11.234.780/0005-84