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Observatório do Trabalho e Renda - 2º trimestre de 2025

Informativo N.7 - 11 de agosto de 2025

Coordenação: Prof. Dr. Rodrigo Prante Dill; Colaboração: Assessoria de Comunicação – ASCOM-CL. — 14 de Agosto de 2025 — Atualizado em 14/08/2025

Observatório do Trabalho e Renda - 2º trimestre de 2025

Observatório do Trabalho e Renda - Informativo N.7 - 11 de agosto de 2025

Apresentação

Esse Informativo é uma produção do Observatório do Trabalho e Renda, vinculado ao Curso de Administração da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Cerro Largo, RS.

O Observatório possui como objetivo apresentar à comunidade informações quanto ao comportamento do trabalho e renda na região de abrangência da UFFS.

Nesta edição, você confere dados sobre a movimentação de empregados no mercado de trabalho formal no Brasil, no Estado do Rio Grande do Sul e na região de abrangência da UFFS, Campus Cerro Largo, RS.

As informações são referentes ao 2º trimestre do ano de 2025 com base nos dados (http://pdet.mte.gov.br/novo-caged) do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

Cerro Largo - RS, 11 de agosto de 2025.

No Brasil, no mês de abril de 2025, houve um saldo positivo de 237.780 trabalhadores com carteira assinada, com mais admissões (2.318.593) do que desligamentos (2.080.813). Em maio, esse saldo reduziu para 153.184, com o número de admissões (2.274.640) superando os desligamentos (2.121.456). Em junho, a tendência positiva de 2025 se manteve, com as admissões (2.139.182) superando os desligamentos (1.972.561) em 166.621 postos.

No trimestre de abril a junho de 2025, o total de admissões foi de 6.732.415, enquanto o total de desligamentos foi de 6.174.830, resultando em um saldo positivo de 557.585 postos de trabalho. Os dados do trimestre sugerem continuidade da tendência positiva do trimestre anterior.

Durante os últimos doze meses, que compreendem o segundo trimestre de 2025, o total de admissões foi de 26.254.367, enquanto que o total de desligamentos foi de 24.493.283, resultando em um saldo positivo de 1.761.084 postos de trabalho. Esses dados indicam uma contribuição positiva para o saldo de postos de trabalho formal durante os últimos doze meses.

No Estado do Rio Grande do Sul, em abril de 2025, houve um saldo positivo de 7.093 postos de trabalho, com mais admissões (143.745) do que desligamentos (136.652). Em maio, o saldo reduziu para -68 postos de trabalho, com o número de demissões (133.465) superando as admissões (133.397). Em junho, houve redução, nas admissões (123.412) superando e nas demissões (120.969), o que gerou saldo positivo de 2.443 postos de trabalho.

No trimestre de abril a junho de 2025, o total de admissões foi de 400.554, enquanto o total de desligamentos foi de 391.086, resultando em saldo positivo de 9.468 postos de trabalho. Durante os últimos doze meses, o total de admissões foi de 1.632.297 trabalhadores com carteira assinada e o total de desligamentos foi de 1.529.727 trabalhadores, resultando em um saldo positivo de 102.570 postos de trabalho.

Na região de abrangência da UFFS, Campus Cerro Largo, RS, em abril de 2025, houve um saldo negativo de 4 postos de trabalho, com mais demissões (375) do que admissões (371). Maio registrou saldo positivo de 22 postos de trabalho, com o número de admissões (350) superando o de demissões (328). Junho por sua vez, apresentou saldo negativo de 67 postos, registrando 338 demissões e 271 admissões.

Durante o segundo trimestre de 2025, o total de admissões foi de 992 trabalhadores, enquanto o total de desligamentos foi de 1.041 trabalhadores, resultando num saldo negativo de 49 postos de trabalho. Nos últimos doze meses, o total de admissões foi de 4.283, enquanto o total de desligamentos foi de 3.991, resultando em um saldo positivo de 292 postos de trabalho.

Observa-se na Tabela 1 que o setor da construção foi a única atividade econômica que gerou o saldo positivo de postos de trabalho no segundo trimestre de 2025. O setor computou 58 admissões, 48 desligamentos e saldo positivo de 10 postos de trabalho. Ao longo dos últimos doze meses foram registradas 298 admissões e 310 desligamentos, gerando saldo negativo de 12 postos de trabalho.

O setor da indústria apresentou saldo negativo, com 121 admissões e 138 desligamentos no trimestre, resultando na redução de 17 empregos formais. Nos últimos doze meses, o setor proporcionou 722 admissões e 583 desligamentos, gerando 139 postos de trabalho.

Na agropecuária, foram registradas 79 admissões e 86 desligamentos no trimestre, gerando saldo negativo de 7 postos de trabalho. Ao longo dos últimos doze meses, observou-se que o setor proporcionou 871 admissões e 529 desligamentos, gerando saldo positivo de 342 postos de trabalho.

No setor do comércio, foram registradas 339 admissões e 361 desligamentos no trimestre, gerando saldo negativo de 22 postos de trabalho. No acumulado dos doze meses, foram admitidos 1.159 trabalhadores e 1.135 foram demitidos, computando saldo positivo de 24 postos de trabalho. Por fim, o setor de serviços apresentou saldo negativo de 13 empregos no trimestre, com 395 admissões e 408 desligamentos. Ao longo dos últimos doze meses, o setor proporcionou 1.233 admissões e 1.434 desligamentos, gerando saldo negativo de 201 postos de trabalho.

Durante o segundo trimestre de 2025 a região apresentou saldo negativo de 49 postos, onde quatro setores (agropecuária, comércio, indústria e serviços) obtiveram contribuição negativa e somente o setor da construção apresentou resultado contrário. No acumulado dos últimos doze meses foram gerados 292 postos de trabalho, onde a agropecuária (342), o comércio (24) e a indústria (139) apresentaram obtiveram saldo positivo na geração de postos de trabalho.

Ao se observar as admissões por municípios, verifica-se que na região de abrangência da UFFS foram gerados 992 postos de trabalho no segundo trimestre de 2025 e 4.283 postos nos últimos doze meses. No conjunto de municípios, Cerro Largo liderou a região em números absolutos, com o total de 334 admissões no trimestre e 1.396 admissões nos últimos doze meses. Porto Xavier apresentou 193 admissões no trimestre e 749 admissões nos últimos doze meses. Por sua vez, Guarani das Missões registrou 89 admissões no trimestre e 366 admissões nos últimos doze meses.

A Tabela 2 revela que os municípios de Cerro Largo, Porto Xavier, Guarani das Missões, Roque Gonzales e São Paulo da Missões foram os principais geradores de empregos formais no mercado de trabalho na região no segundo trimestre de 2025.

Em relação aos desligamentos, observa-se que na região foram demitidos de seus postos de trabalho 1.041 trabalhadores no segundo trimestre de 2025 e 3.991 nos últimos doze meses. Dentre os municípios que exibiram os maiores quantitativos de desligamentos, verifica-se que Cerro Largo registrou 348 desligamentos no trimestre e 1.338 nos últimos doze meses. Porto Xavier apresentou 178 desligamentos no trimestre e 665 nos últimos doze meses. Salvador das Missões registrou 134 desligamentos no trimestre e 405 nos últimos doze meses.

Ao se observar o comportamento dos municípios da região de abrangência da UFFS, verifica-se que foi gerado um saldo negativo de 49 postos de trabalho no segundo trimestre de 2025 e um saldo positivo de 292 postos no acumulado dos últimos doze meses.

Roque Gonzales apresentou o maior saldo nos últimos três meses, com total de 27 postos adicionais. Esse saldo foi impulsionado pelo mês de abril. Porto Xavier registrou saldo de 15 postos de trabalho adicionais, impulsionados pelos meses de abril e maio.

Por outro lado, Salvador das Missões apresentou o maior saldo negativo, com a perda de 56 postos de trabalho no trimestre. Cerro Largo, Caibaté, Guarani das Missões e Campinas das Missões também apresentaram saldos negativos.

Com base nos dados, é possível inferir que o mercado de trabalho apresentou variações no último trimestre. Observou-se um saldo negativo de postos de trabalho no trimestre (49) e positivo nos últimos doze meses (292). Essas variações, possivelmente estão relacionadas às perdas na produção agrícola da região.

Estoque de Empregos Formais nos Municípios da Região de Abrangência da UFFS, Campus Cerro Largo, RS

Os dados apresentados a seguir no Gráfico 4 e na Tabela 5, referentes ao segundo trimestre de 2025, demonstram a distribuição do estoque de empregos formais entre os municípios da região. O estoque de emprego representa o número total de vínculos empregatícios ativos no período, sendo um indicador importante da atividade econômica e da capacidade de geração de trabalho formal de cada localidade.

Observa-se no somatório da Tabela 5, que o estoque em empregos na região é de 28.707 trabalhados formais. O município de Cerro Largo se destaca, concentrando 9.694 vínculos formais, o que equivale a 33,77% de todo o emprego formal da região. Na sequência, Porto Xavier apresenta o segundo maior estoque, com 4.046 empregos, representando 14,09% do total. Juntamente com Guarani das Missões, que possui 2.877 empregos formais (10,02%), esses três municípios concentram juntos 57,88% de todos os vínculos empregatícios da região, evidenciando um grau elevado de concentração econômica.

Outros municípios também apresentam participações relevantes, embora menores. Caibaté (8,54%) e Salvador das Missões (7,30%), seguidos por Roque Gonzales (6,56%) e São Pedro do Butiá (6,53%). Observa-se que Campina das Missões (6,31%) e São Paulo das Missões (5,11%) indicam menor volume de vínculos ativos. Por fim, os menores estoques de empregos se encontram em Mato Queimado e Sete de Setembro, com 265 e 241 vínculos formais, representando respectivamente 0,92% e 0,84% do total.

Esses dados mostram que, embora exista concentração, há uma distribuição relativamente equilibrada de empregos formais entre municípios da região considerando o número de habitares residentes nos mesmos.

Essa distribuição do estoque de empregos é um retrato importante para subsidiar políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico, à qualificação profissional e ao incentivo à formalização do trabalho em municípios com menor participação. Além disso, aponta para a necessidade de fortalecer redes regionais de desenvolvimento que valorizem as vocações locais, reduzam desigualdades e ampliem o acesso a empregos formais em toda a região.

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