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O que é importante saber sobre a gripe aviária?

Professor Iucif Abrão Nascif Júnior, do curso de Medicina Veterinária do Campus Realeza, esclarece principais dúvidas sobre a doença

Diretoria de Comunicação Social — 27 de Maio de 2025 — Atualizado em 27/05/2025

O que é importante saber sobre a gripe aviária?

Professor Iucif afirma que o risco de transmissão da gripe aviária para os seres humanos é baixo

A influenza aviária, popularmente conhecida como gripe aviária, voltou a ser motivo de preocupação no Brasil. Vários são os casos suspeitos e que estão sob investigação e, no momento, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) considera que a crise está restrita à região do município de Montenegro (RS). Para entender qual é a dinâmica da doença e o que é importante saber sobre ela, conversamos com o professor Iucif Abrão Nascif Júnior, do curso de Medicina Veterinária da UFFS – Campus Realeza.

Em relação à forma como a doença se manifesta nos animais, o professor Iucif explica que “ela pode produzir sintomas respiratórios, digestivos e neurológicos. Então, é uma doença que tem uma complexidade de sinais e sintomas e se caracteriza normalmente por afetar um grande número de aves e causar uma mortalidade muito grande em um período curto de tempo”. Além das aves domésticas, ela também pode afetar aves silvestres e, excepcionalmente, suínos e outras espécies, inclusive o ser humano. 

Iucif afirma, porém, que o risco de transmissão aos seres humanos é baixo. “Porque esse risco se dá, basicamente, em quem tem contato direto com as aves doentes. O consumo de carne, de ovos e outros derivados de frango ou de ovos não constitui em risco de transmissão, principalmente se forem alimentos bem cozidos. E, normalmente, a gente cozinha muito bem os alimentos de origem de aves”, explica.

O professor destaca que, “como há inspeção, como são animais que têm acompanhamento médico veterinário, nem a carne, nem os ovos desses animais vão para consumo humano. Esses animais são sacrificados, esses ovos são destruídos e isso não vai para o consumo humano, o que reduz muito qualquer eventual risco que poderia acontecer caso esses produtos fossem consumidos crus. Como a transmissão se dá mais pelo contato com as aves doentes do que pelo consumo dos produtos, então a gente tem bastante segurança em continuar consumindo os produtos de origem avícola aqui no Brasil”.

Impacto econômico

Conforme o professor, “o Brasil é o maior produtor e o maior exportador de carne de frango do mundo. Cerca de 70% do mercado internacional é abastecido pelo Brasil. O estado do Paraná produz cerca de 40% da carne de frango que é exportada. Então, em algumas regiões, boa parte da economia, eu diria mais de 50%, 60% da economia depende da avicultura. Então, realmente, se esse surto se alastrar para outras regiões do país, os impactos econômicos podem ser bastante significativos”. 

“Existem estudos da Fundação Getúlio Vargas que mostram que o impacto econômico poderia chegar, isso são projeções, a 13 bilhões de dólares, caso não haja um bom controle da doença. Só que no Brasil a gente também tem um sistema de defesa sanitária que faz o controle e o combate dessas doenças bastante eficiente. Tanto a equipe do Rio Grande do Sul, quanto dos outros estados aqui do Sul, Santa Catarina, Paraná, são equipes altamente treinadas, muito capacitadas e que respondem muito rápido a esses eventos, trazendo então bastante segurança nesse sentido para os nossos produtores e também para os nossos produtos”, enfatiza. 

“Tendo em vista que a gente só foi ter casos em linhagens comerciais depois de dois anos da entrada do vírus por meio das aves silvestres. Então, sim, a gente tem que confiar no nosso sistema de defesa sanitária, porque ele é bastante eficiente. Mas se não houver bons resultados nessas medidas de controle, a gente pode começar a sentir impacto tanto na questão da diminuição dos produtos que vão ser exportados, assim como na diminuição e provavelmente elevação do preço dos produtos que são consumidos aqui no Brasil”, considera o professor.

Histórico

De acordo com o Iucif, em 2023, nesta mesma época do ano (maio), ocorreu um surto de gripe aviária. Ele envolveu aves migratórias que passam pelo Brasil e seu próprio processo de migração. “Inicialmente, os primeiros casos foram identificados nessas aves migratórias. Em seguida, aconteceram alguns casos em aves de subsistência, galinhas e frangos de fundo de quintal, aqueles que não são de linhagem comercial. Agora, em maio desse ano, a gente teve o primeiro caso em frangos de corte e aves de postura na região do Rio Grande do Sul”, comenta.  

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