Professores e a direção da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza participaram de uma reunião técnica para tratar da retomada do Programa Escolas Interculturais de Fronteira (PEIF). O encontro foi realizado na quarta-feira (19) e envolveu a participação de representantes do Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino (Sase) e a Assessoria Internacional, além de autoridades municipais das cidades de Dionísio Cerqueira (SC) e Bernardo de Irigoyen (Argentina).
O foco do encontro foi a revisão e o fortalecimento do programa, iniciado em 2005 e institucionalizado pela Portaria MEC nº 798/2012, sob solução de continuidade desde 2016. A UFFS foi uma das instituições parceiras na implantação das ações no período de 2012 a 2015, atuando como um eixo central na formação, capacitação e articulação de redes de escolas bilíngues e interculturais na região de fronteira. Ao longo dos anos, uma série de cursos de capacitação, encontros interculturais e oficinas foram ofertadas aos professores que atuam nas Escolas Interculturais de Fronteira nas cidades de Dionísio Cerqueira (SC) e Bernardo de Irigoyen (AR), sempre com foco na Pedagogia de Projetos e no diálogo intercultural. Uma das últimas ações foi a oferta de um curso híbrido de formação nos anos de 2020 e 2021.
A reunião de agora teve o objetivo de dialogar com gestores da Secretaria Municipal de Educação de Dionísio Cerqueira (SC), bem como de Bernardo de Irigoyen (Argentina), além de contar com a participação de diretores e professores de escolas do lado brasileiro e argentino. A ação busca obter subsídios para a revisão do PEIF e também considera o Decreto nº 12.038/2024, que institui, no âmbito do Poder Executivo Federal, a Política Nacional de Fronteiras (PNFron), na perspectiva das ações educativas estratégicas.
Ao final do encontro, foi realizada a visita in loco às escolas Governador Irineu Bornhausen e Castro Alves, no Brasil, e à Escola Intercultural Bilíngue nº 1, em Bernardo de Irigoyen. A atividade possibilitou uma escuta ativa sobre o cotidiano educacional nas regiões de fronteira, em cidades gêmeas do Brasil e da Argentina que buscam reconhecer e valorizar a diversidade, o intercâmbio cultural, o multilinguismo, o conhecimento mútuo e a convivência solidária.