O projeto busca promover segurança alimentar, saúde integral e cuidado intercultural, articulando ações educativas, preventivas e formativas com serviços públicos de saúde e educação. Entre os principais objetivos do projeto destacam-se: Capacitar manipuladores de alimentos de restaurantes, escolas, creches e agricultura familiar em Boas Práticas de Manipulação e Fabricação, conforme a RDC nº 216/2004; Desenvolver oficinas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) para crianças, jovens, adultos e famílias, prevenindo Doenças Transmitidas por Alimentos (DTHAs); Produzir materiais educativos inovadores (cartilhas, jogos, vídeos e recursos digitais); Promover oficinas interculturais e ações de saúde mental para estudantes indígenas das etnias Tucano, Kanela, Kaingang e Ticuna, entre outros.
As ações incluem oficinas, capacitações, visitas técnicas, rodas de conversa, atividades em escolas e acompanhamento em saúde mental, fortalecendo redes de proteção social e ampliando o alcance territorial da UFFS. “A iniciativa fortalece a articulação entre universidade, serviços públicos e movimentos sociais. Há participação direta de estudantes de graduação, entre bolsistas e voluntários, docentes de diferentes cursos, técnicos-administrativos, coletivos estudantis, incluindo estudantes indígenas. Também vamos envolver a comunidade regional no projeto, com secretarias Municipais de Saúde e Educação de Realeza, Santa Izabel do Oeste, Capitão Leônidas Marques, Ampére e Capanema, a Vigilância Sanitária, escolas públicas, coletivos comunitários e associações de agricultores familiares”, informa Elis de Souza Fatel.
O projeto tem duração de 24 meses e se estrutura em dois grandes eixos: (1) Segurança dos alimentos e promoção da saúde; (2) Cuidado integral de estudantes indígenas, integrando ações de saúde mental, educação sexual, prevenção de vulnerabilidades e valorização de saberes tradicionais. “A proposta dialoga diretamente com os eixos prioritários do programa AfirmaSUS e contribui para o fortalecimento do SUS, da promoção da saúde e da equidade. Além disso, busca produzir impacto acadêmico por meio de materiais pedagógicos, pesquisas, publicações e atividades de extensão curricularizadas. A expectativa é que os resultados ampliem a qualidade de vida das comunidades atendidas e consolidem a UFFS como referência regional em segurança dos alimentos, saúde indígena e educação intercultural”, avalia Fatel.