A coordenadora Maria Lucia Maraschin apresentou equipe de formadoras e bolsistas
A professora Claudia Simone Fantin, consultora educacional da CRE-Chapecó, também trouxe sua experiência pessoal para falar sobre “A diversidade como princípio educativo”. Em fase de recuperação de um câncer, ela destacou a importância “do olhar pedagógico para todos em suas especificidades”, sejam elas por alguma necessidade especial, pela aparência ou mesmo pela origem e diferenças culturais.
“Migração como direito humano” foi o tema da palestra ministrada pela professora Rosenei Cella, que atua com projetos voltados aos imigrantes na UFFS. De acordo com ela, crianças e adolescentes imigrantes estão na escola e enfrentam muitas dificuldades, tanto em relação ao idioma quanto pelas diferenças culturais, e precisam ser acolhidos. “Também sou professora de Língua Portuguesa em escola pública, tenho estudantes imigrantes na minha sala de aula. Precisamos aproveitar essa diversidade, não como um problema, mas como novas possibilidades", pontua.
As professoras Marlei Dambros e Lucelia Peron trabalharam o tema “Excesso de telas e as implicações para o trabalho docente: perfil e características dos atuais estudantes”, que conversa diretamente com um novo desafio para os docentes neste ano letivo: a lei federal que regulamenta o uso de celulares nas escolas. Ambas têm projetos de pesquisa que trabalham a relação entre as novas tecnologias e a educação.
Marlei destaca que o problema das telas é o excesso, por questões cognitivas, emocionais e físicas, que estão afetando os estudantes. Ela ressalta que a nova lei deve ser vista sob uma perspectiva de regulamentação e não de proibição. “Os professores precisam compreender isto como um processo que vem auxiliar o processo pedagógico como um todo. Porque não extingue o uso, mas regulamenta. Isto é importante que fique claro para a comunidade como um todo”, destaca.
Lucelia, que trabalha os desafios da formação de professores diante do perfil atual dos estudantes, que já nascem em um contexto tecnológico, ressalta que “todos nós sabemos dos benefícios que os artefatos tecnológicos trazem. Então, a proposta não é extinguir, mas fazer um uso consciente e crítico”. Como lembra Marlei, “não se trata de uma visão tecnofóbica, muito pelo contrário”, é importante que os professores compreendam que o uso excessivo afeta o desenvolvimento cognitivo, emocional e físico, principalmente devido ao isolamento social que isto gera.