A agricultura orgânica tem sido o foco de diversas ações e projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos pela UFFS. O envolvimento da universidade com esta temática tem sido levado, inclusive, para eventos no exterior. No fim de junho, o professor Antônio Inácio Andrioli participará, pela quarta vez, do Fórum Orgânico Mundial, que realizará sua oitava edição na cidade de Kirchberg an der Jagst, na Alemanha.
Neste ano, o Fórum tratará sobre os direitos dos camponeses. O título desta edição será “Da revolta aos direitos: A luta por justiça para os camponeses de antes e de agora. A Declaração da ONU sobre os Direitos dos Camponeses (UNDROP) - uma avaliação de sua relevância e sobre como localizá-la”. Conforme Andrioli, o contexto são os 500 anos da Guerra Camponesa Alemã, que ocorreu de 1524 a 1525, e a Declaração dos Direitos dos Camponeses e das Camponesas (UNDROP), aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 17 de dezembro de 2018.
Serão dois dias de evento: 30 de junho e 1° de julho. Andrioli ministrará, na manhã do dia 1°, a
conferência "Como fortalecer a declaração dos direitos dos camponeses no Brasil?”. O professor conta que em sua participação em 2021 apresentou a contribuição da UFFS na implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS); em 2023 fez parte do painel “Soberania alimentar para a proteção da diversidade cultural e biológica com alimentos produzidos localmente - um olhar sobre a resiliência das comunidades no Sul global”; e no ano passado participou do painel
“Parcerias e paisagens locais: Como as relações de trabalho local, incluindo os agricultores, podem restaurar ecossistemas e criar economias alimentares locais prósperas?”.
Para Andrioli, “a UFFS precisa estar presente em todos os espaços onde se discute o futuro da agricultura, os direitos dos agricultores e os problemas das comunidades rurais. Principalmente porque ela foi criada a partir das lutas de movimentos sociais do campo e está presente em uma região de economia predominantemente agrícola. Mas, diante dos desafios das mudanças climáticas, esse debate também precisa adquirir uma dimensão mais global. E, nos últimos anos, a internacionalização passou a ser um dos grandes eixos de atuação das universidades”.
“A UFFS precisa se internacionalizar cada vez mais, participar de temas mundialmente impactantes e ligados à sustentabilidade da vida humana no planeta. Estar representado em eventos dessa envergadura, consolida a importância da produção científica local e a conecta com questões de relevância planetária, o que também fortalece a nossa pós-graduação, a publicação conjunta e novas perspectivas de intercâmbio para estudantes e pesquisadores entre instituições que atuam nessa mesma perspectiva”, ressalta.