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Educação IntegralPós-Graduação

Iniciam as atividades do curso de aperfeiçoamento Adolescências em Diálogo

Aula inaugural foi realizada na noite de quinta-feira, dia 3, no Campus Chapecó, com transmissão on-line

Diretoria de Comunicação Social — 04 de Julho de 2025 — Atualizado em 04/07/2025

Iniciam as atividades do curso de aperfeiçoamento Adolescências em Diálogo

Abertura oficial contou com a presença de representantes do MEC e do reitor da UFFS

A noite da última quinta-feira, dia 3 de julho, marcou o início das atividades do Curso de Aperfeiçoamento para Gestores Escolares na Perspectiva da Educação Integral em Tempo Integral: Adolescências em Diálogo, promovido pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em parceria com o Ministério da Educação (MEC). Na oportunidade, foi realizada a aula inaugural do curso, ofertado na modalidade a distância, que terá duração de seis meses e envolverá 1.000 cursistas de todos os estados do Brasil. 

A mesa oficial de abertura do curso contou com a presença do reitor da UFFS, João Alfredo Braida, de Victor Both Eyng, da Coordenação Geral do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica do MEC, de Alexandre Falcão de Araújo, coordenador de Projetos na Coordenação Geral de Educação Integral e Tempo Integral do MEC, e de Érika Botelho Guimarães, coordenadora de Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica do MEC. 

Em sua fala, Victor Both Eyng abordou os desafios dos gestores escolares, que são o público para o qual é destinado este curso de aperfeiçoamento. Ele ressaltou que nos Anos Finais do Ensino Fundamental os estudantes estão em uma fase de transição em diversos sentidos e que, neste contexto, é importante que estes profissionais tenham o papel não apenas operacional/administrativo, mas de liderança pedagógica nas escolas. Para que este trabalho tenha sucesso, considera fundamental o planejamento, para definir o que é prioritário e onde os esforços devem ser concentrados. 

Em relação ao ensino em tempo integral, Eyng disse que “o tempo ampliado deve ser um tempo com propósito, com intencionalidade, de modo que não se esteja reproduzindo mais do mesmo. E, sim, que a gente consiga proporcionar aos nossos estudantes uma escola que sabe ouvir, que sabe acolher, não discursivamente, mas com espaços e mecanismos estruturados para que isso aconteça. Uma escola que saiba oferecer oportunidades de protagonismo e apoiar o desenvolvimento integral dos estudantes e das estudantes. E aqui a liderança escolar, a liderança pedagógica, estratégica, com mecanismos estruturados de gestão, exerce um papel fundamental de conduzir a equipe rumo a essa escola”, destaca.

Alexandre Falcão de Araújo afirmou que os programas Escola das Adolescências e Escola em Tempo Integral não estão dissociados, pois fazem parte de uma única política pública do governo federal, voltada para a Educação Básica. Ele ressaltou que a escola em tempo integral não tem como objetivo repetir o que já se faz tradicionalmente, mas, sim, trabalhar a recomposição de aprendizagens com mais arte, cultura, esporte, letramento científico, lazer e mais atividades em que os estudantes estejam envolvidos e mobilizados. 

Segundo Falcão, um relatório divulgado recentemente pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) indica que o aprendizado de arte e cultura na escola, por exemplo, contribui para melhores resultados acadêmicos e para melhorias na saúde, inclusive emocional, dos estudantes. Ele informou que recentemente foram aprovadas no Conselho Nacional de Educação as diretrizes operacionais da educação integral, que vão aprofundar as várias temáticas envolvidas na prática escolar. “Em breve isso vai estar divulgado e novos esforços de formação serão feitos para aprofundar cada um desses temas da operacionalização da educação em tempo integral”, disse.

O reitor da UFFS fez um agradecimento especial a toda a equipe responsável pela oferta do curso de aperfeiçoamento e ressaltou que estes profissionais, juntamente com o MEC, “estão nos ajudando efetivamente a realizar a missão desta universidade, que é ofertar educação pública de qualidade e, assim, ajudar a transformar a realidade social do nosso país”. Conforme Braida, “para esperançar um país mais justo, mais igual, mais fraterno e quiçá um mundo em que os produtos da ciência, da arte e da cultura estejam de fato disponíveis e acessíveis a todos e todas, precisamos começar pela Educação Básica e, em especial, nesta fase da adolescência”. 

Mesa redonda encerrou as atividades da aula inaugural, realizada na última quinta-feira, dia 3 de julho

Aula inaugural

Érika Botelho Guimarães iniciou os trabalhos da aula inaugural, com uma apresentação do programa Escola das Adolescências. Ela lembrou que a iniciativa teve como primeiro passo a escuta aos estudantes, que foi feita no ano passado, por meio de uma pesquisa que envolveu 2,3 milhões de adolescentes, de 20 mil escolas de todo o Brasil. Os resultados deste estudo já estão disponíveis para consulta e deve ser publicado, em 9 de setembro, um relatório detalhado. 

“Contrariando o que o senso comum diz, o adolescente tem sim muitos sonhos e ele espera muita coisa da escola”, afirmou Érika. Segundo ela, 7 em cada 10 estudantes dos Anos Finais têm vontade de aprender, mas não querem aprender da forma atual. Os dados da pesquisa mostram, ainda, uma diferença considerável nas respostas dos estudantes de 6° e 7° ano em relação aos de 8° e 9° ano. Quando questionados, por exemplo, se sentem que os adultos os acolhem, 58% dos alunos de 6° e 7° ano dizem que sim, mas entre os de 8° e 9° ano este percentual cai para 45%. Este decréscimo é observado em diversas questões feitas na pesquisa. Para Érika, os dados demonstram uma desmotivação dos estudantes com o passar dos anos. 

“A gente está falando da maior etapa da Educação Básica. São mais de 9 milhões de estudantes em 47 mil escolas. É muito relevante e urgente que a gente olhe para esse sujeito, que a gente olhe para esse adolescente. O que ele tem a nos dizer?”, questionou Érika. Na visão dela, são muitos os desafios e esta é uma etapa que ficou por muito tempo invisibilizada em termos de políticas públicas. “É uma etapa muito desafiadora, mas a gente não pode fugir desse desafio. Esse curso é muito importante e central nesse movimento”, destacou. 

Após a fala sobre o programa, foi realizada uma breve apresentação da equipe de coordenação do curso. Falaram a coordenadora, Maria Silvia Cristofoli, e as coordenações regionais: Márcio Luís Marangon do Paraná, Solange Maria Alves de Santa Catarina e Cleusa Ines Ziesmann do Rio Grande do Sul. Em seguida, foi realizada uma mesa redonda com Mayra Antoneli Ponti, docente do Centro Universitário Barão de Mauá, Claudia Jussara Grosselli Lemos, gestora do Colégio Estadual do Campo Cely Tereza Grezzana de Chopinzinho (PR), e Janaina Oliveira Barros, diretora pedagógica da Viven. A mediação foi de Victor Both Eyng. 

Link para o vídeo da aula inaugural: https://www.youtube.com/watch?v=zp9NtjLKhHY

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