A série de matérias do mês de março, UFFS Conecta Mulheres, traz hoje a sua última entrevista. A personagem de hoje é a servidora terceirizada Clediane Rosa Neves. Atualmente, ela é auxiliar de almoxarifado, mas ao longo de oito anos trabalhando na universidade, tem desafiado barreiras e conquistado espaços em diversos setores, como no setor de protocolo, no Gabinete do Reitor e, hoje, na Superintendência de Patrimônio.
Em sua entrevista, Clediane destaca que é comprometida em demonstrar que competência e profissionalismo não têm gênero. Sua jornada reforça o compromisso da UFFS com a diversidade e a equidade, incentivando outras mulheres a ingressarem e se destacarem em ambientes que, a cada dia, se tornam mais inclusivos e transformadores. “Acredito que minha presença incentiva outras mulheres a se sentirem seguras para ingressar e permanecer em áreas até um tempo atrás mais masculinizadas. Pequenas mudanças no cotidiano, como apoiar colegas e demonstrar que é possível ocupar esses espaços, fazem toda a diferença na construção de uma UFFS mais diversa e igualitária”.
UFFS: Você pode compartilhar um pouco sobre sua trajetória e os motivos que a levaram a trabalhar na UFFS?
Clediane: Quando entrei na UFFS, vi essa oportunidade como um novo desafio, pois ainda era nova na instituição. Meu primeiro trabalho foi como volante (coringa), atuando nos quatro polos da universidade. Logo depois, surgiu a chance de trabalhar no setor de protocolo, uma experiência muito enriquecedora, mas também desafiadora, já que eu não tinha experiência nessa função.
Com o tempo, tive a oportunidade de atuar como recepcionista no Gabinete do Reitor. Depois de um período, retornei ao protocolo, onde permaneci até 2017, quando meu filho nasceu. Ele teve alguns problemas de saúde, e precisei me afastar para cuidar dele.
Em 2023, voltei a trabalhar na UFFS. Como já tinha criado laços e me sentia ‘de casa’, foi muito gratificante retornar ao Gabinete. No entanto, logo surgiu uma nova oportunidade na Superintendência de Patrimônio, no setor de almoxarifado. Embora tenha sido um grande desafio por se tratar de uma área nova para mim, encarei a mudança como uma oportunidade de crescimento e aprendizado.
UFFS: Como você percebe o papel das mulheres no seu ambiente de trabalho e de que forma sua experiência contribui para a construção de um ambiente profissional diversificado, e que fortalece a presença das mulheres nesse espaço?
Clediane: Atuar em um ambiente tradicionalmente masculino sempre representou tanto um desafio quanto uma oportunidade de crescimento. A presença feminina nesses espaços é fundamental, pois traz diferentes perspectivas, mais organização e uma abordagem colaborativa, contribuindo para um ambiente de trabalho mais equilibrado e produtivo.
Ao longo da minha trajetória, busquei demonstrar que competência, dedicação e profissionalismo não têm gênero. Enfrentei desafios, aprendi com cada experiência e mostrei que as mulheres podem ocupar qualquer função com excelência. Minha presença e minha jornada ajudam a abrir caminhos para outras mulheres, fortalecendo nossa participação nesse espaço e promovendo um ambiente mais inclusivo.
Felizmente, percebo que a cultura organizacional está evoluindo e que há um reconhecimento crescente da importância da diversidade no ambiente de trabalho. Ainda há desafios, mas cada passo que damos contribui para um futuro mais igualitário e com mais oportunidades para todas.
UFFS: De que maneira você entende que seu trabalho, enquanto mulher e profissional do patrimônio, contribui para a construção e o fortalecimento de uma UFFS mais inclusiva e diversa?
Clediane: Como mulher e profissional do patrimônio, acredito que meu trabalho vai além das tarefas do dia a dia. Ele também contribui para a construção de uma UFFS mais inclusiva e diversa, pois reflete o compromisso da universidade com a valorização da diversidade e a equidade de gênero.
Minha atuação fortalece a ideia de que competência e dedicação não têm gênero. Ao desempenhar minhas funções com profissionalismo e comprometimento, contribuo para um ambiente de trabalho mais inclusivo, onde o reconhecimento é baseado na capacidade e não em padrões antigos.
Além disso, acredito que minha presença incentiva outras mulheres a se sentirem seguras para ingressar e permanecer em áreas como essa. Pequenas mudanças no cotidiano, como apoiar colegas e demonstrar que é possível ocupar esses espaços, fazem toda a diferença na construção de uma UFFS mais diversa e igualitária.